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Scot Consultoria

A armadilha dos prazos dilatados


Sexta-feira, 4 de maio de 2007 - 17h06

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Os números apontam para o bom desempenho no setor de bens duráveis (automóveis, eletro-eletrônicos). Bem, até aí tudo normal, afinal estamos exatamente à espera de bons resultados da atividade econômica. O que surpreende e até chama a atenção é a custa de que ocorrem essas vendas. Os financiamentos com prazos elevados estão levando a antecipação de compras. As grandes redes de magazines e montadoras possuindo recursos próprios ou até mesmo de terceiros (nacional ou estrangeiro) estão "bancando" esse jogo: esticam prazos a "perder de vista", cobrando juros que aparentam ser baixos, mas como são capitalizados com juros compostos assumem patamares exorbitantes. Isso gera um gasto antecipado de renda e em muitos casos, leva ao desequilíbrio financeiro no curto prazo. O consumidor ao optar por essa prática de gastar sem ainda possuir a renda, cai na armadilha dos prazos dilatados. Verifica o valor da prestação e se essa se encaixa no orçamento familiar, não pensa duas vezes em adquirir os bens, alguns necessários, outros nem tanto. É certo que movimenta a economia, mas é certo também que ali na frente teremos problemas: pode crescer a inadimplência. Isso pode ser verificado à medida que a renda das pessoas jamais crescerá na mesma dimensão dos juros cobrados. Gera um desequilíbrio nessa relação. O consumidor deve redobrar sua atenção, procurar adquirir bens dentro do limite de sua renda e ficar de olho nos juros, muitos deles "mascarados", embutidos no crediário.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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