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Scot Consultoria

Milho deve continuar em alta por muito tempo


Terça-feira, 24 de junho de 2008 - 09h41

As chuvas nos EUA continuam a alavancar os preços das commodities agrícolas. E por conta disso, tudo está subindo no país. É a soja, é o milho, é a carne. No Brasil, os grãos também seguem em alta, e o destaque também é para o milho, que da semana passada para cá, na praça de Campinas-SP, teve um aumento de 13,28% nas suas cotações médias, chegando a R$30,50/ saca de 60 kg, ontem (dia 23). Esse preço não era registrado desde o último 16 de janeiro de 2008, quando ainda estávamos na entressafra. A alta do cereal, em plena época de colheita, deve-se além da influência americana, às geadas ocorridas no Sul do País, que prejudicaram as lavouras de milho safrinha. Os setores de aves e suínos que já passaram um aperto no final de 2007, temendo a falta do cereal, na semana passada, se reuniram com representantes da cadeia do milho e chegaram ao consenso que frente à demanda cada vez maior pelo cereal, seja para alimentação humana, animal ou para biocombustíveis, a solução é o aumento da produção brasileira de milho. Produção esta que está ameaçada, já que embora os preços do milho sejam estimulantes para os produtores, os fertilizantes, por outro lado, são uma barreira. As cotações médias do milho, de junho do ano passado para cá, em Campinas, subiram 36,09%, enquanto os preços do super simples, por exemplo, tiveram um reajuste de 100% no mesmo período, valendo atualmente R$880,00/ tonelada, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. A safra argentina também está indefinida devido à taxação das exportações de grãos, o que pode desestimular os agricultores locais. Pelo andar da carruagem, a alta do milho e dos demais grãos deve persistir por um bom tempo, já que a procura só aumenta, e a produção dos três principais exportadores mundiais do cereal é incerta.(CMR)
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