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Scot Consultoria

Carta Grãos - De olho na safra norte-americana 2021/22


Sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021 - 17h00


Em 18 e 19 de fevereiro ocorreu o Agricultural Outlook Forum do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês). 


Esse evento anual é bastante aguardado por trazer as primeiras estimativas acerca da intenção de safra norte-americana de grãos, nesse caso a temporada 2021/2022, a ser semeada em abril/maio. 


Com relação ao milho e à soja, é esperado um aumento na área com essas culturas nos Estados Unidos, que juntas deverão somar 73,65 milhões de hectares na safra 2021/22. 


As altas de preços do milho e da soja são os fatores que aumentaram a intenção de plantio na temporada que está começando nos Estados Unidos. 


Segundo o USDA, os norte-americanos deverão semear 37,23 milhões de hectares com milho, frente aos 33,37 milhões de hectares na safra passada (2020/21). 


A produção deverá ser de 384,43 milhões de toneladas, frente às 360,25 milhões de toneladas colhidas em 2020/21. Além do aumento na área, a produtividade média deverá ser maior, estimada em 187,77 sacas por hectare, acima das 179,92 sacas na safra passada. 


Para a soja, a expectativa é que sejam plantados 36,42 milhões de hectares no ciclo atual, frente aos 33,31 milhões de hectares na safra passada (2020/21). 


A produção norte-americana foi estimada em 123,15 milhões de toneladas em 2021/22, frente às 112,54 milhões de toneladas colhidas no ciclo passado. Os rendimentos médios também deverão ser maiores, estimados em 56,93 sacas por hectare, frente às 56,26 sacas por hectare em 2020/21. 


Apesar do aumento previsto em área e produtividade de milho e soja, o clima frio e as geadas recentes nos Estados Unidos têm gerado especulações nesses meses que antecedem o plantio, fato que tem contribuído para a firmeza dos preços no mercado norte-americano.


Dessa forma, além do Brasil, que está colhendo a safra de verão (primeira safra) e semeando a safra de inverno (segunda safra), o clima nos Estados Unidos passa a ter importância na precificação no mercado internacional daqui para frente, com a semeadura por lá tendo início em abril/maio.


Historicamente, a situação das lavouras norte-americanas, seja positiva ou negativa, reflete diretamente sobre os preços no mercado brasileiro, principalmente para a soja.



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