O aumento dos abates na Argentina gerou aumento do consumo de carne no país no último ano.
Segundo dados do Instituto de Promoción de la Carne Vacuna Argentina (IPCVA), no ano passado o consumo médio anual de carne bovina da população argentina foi de 59,0 quilos per capita.
Na comparação com o consumo do ano anterior, de 56,6kg por habitante, houve incremento de 4,2%. Observe a figura 1.

Ao analisar friamente estes dados, o viés para o setor pecuário argentino parece ser positivo no último ano, porem, o cenário é diferente.
O país foi prejudicado por uma forte seca em 2011 e 2012, isto reduziu as áreas de pastagens e encareceu os custos de produção, principalmente do confinamento.
Como consequência disto houve desinvestimento na atividade e descarte de parte do rebanho, o que aumentou a disponibilidade de carne no mercado interno.
Os abates saíram de 11,1 milhões de cabeças em 2011 para 11,6 milhões de bovinos abatidos no ano passado, aumento de 4,5%.
O aumento dos abates em função do descarte só piora a situação da pecuária do país vizinho, que trabalha em crise há anos, em função de políticas governamentais que interferiam nas exportações.
A escassez de animais terminados para o abate fez com que o número de frigoríficos ativos (federais, estaduais e municipais) caísse de 486 em 2010 para 350 em 2011.
Considerações finais
A pecuária a todo instante tem sofrido pressão, seja por parte da agricultura, da economia, e do ambientalismo mal enviesado.
É lastimável ver o consumo de carne bovina crescer pelo fato citado acima e não através de ações de marketing e melhora da articulação dos elos do setor.
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