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Ano do semiconfinamento


Sexta-feira, 20 de janeiro de 2012 - 09h44

A seca matou 2,2 milhões de hectares de pastagem em Mato Grosso no ano passado, o que representa 8,7% dos 26 milhões de que dispõe o Estado com o maior rebanho bovino do Brasil. O cenário desencadeou uma série de mudanças no setor, que conta com 29 milhões de cabeça. “Com a falta de pasto, o pecuarista teve que buscar alternativas para engordar o gado e encontrou saídas no confinamento, suplementação alimentar e no semiconfinamento, sendo este último o grande negócio de 2011”, analisou o superintendente da ACRIMAT (Associação dos Criadores de Mato Grosso), Luciano Vacari. A mudança pode ser observada na comparação do preço da arroba do boi gordo. Nos últimos nove anos, o preço em outubro (entressafra) sempre foi superior ao de maio (safra). A sequência, no entanto, foi quebrada em 2011, quando o valor em outubro foi 0,6% menor que em maio. Isso se deu por conta de uma maior oferta de boi gordo vindos de confinamento e semiconfinamento. Arroba O levantamento demonstra que em 2003 o preço da arroba em outubro foi 18,1% superior a de maio, em 2006 foi registrada a maior diferença com 23,1%, e em 2010 foi de 18,4% segundo levantamento do IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). “Abatemos mais boi na entressafra do que na safra em 2011, o que comprova que essa é uma tendência de mercado e que o produtor está investindo em confinamento e semiconfinamento. E isso tornou o ano de 2011 muito estável”, explicou Vacari. No ano passado, o número de animais confinados em Mato Grosso cresceu 29% em relação a 2010. Trata-se de um grande salto, que só vem reforçar uma tendência. Nos últimos seis anos, o crescimento atingiu os 548%. Comparando o preço da arroba do boi gordo entre 2010 e 2011 a variação foi de 15,3%. Em 2011 o pecuarista mostrou que está produzindo mais em menos. O abate de bovinos até 24 meses cresceu 40%, consequência de investimento em tecnologia. O abate de animais de 24 a 36 meses cresceu 7,74% e acima de 36 meses 13,15%. De janeiro a novembro de 2011 foram abatidos 4,4 milhões de cabeças, um acréscimo de 11,53% em relação ao mesmo período de 2010. Enquanto isso, apenas 52,68% da capacidade industrial instalada em Mato Grosso foi utilizado. Das 42 plantas SIF registradas no Estado, 15 estão paradas em decorrência dos processos de recuperação judiciais iniciados em 2008. “O retorno de abate dos frigoríficos fechados é uma necessidade iminente para Mato Grosso e sem dúvida esse será um dos grandes desafios do setor”, ponderou o superintendente. Fonte: Diário de Cuiabá. Pela Redação. 19 de janeiro de 2012.
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