• Sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
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Scot Consultoria

Produção recorde e demanda aquecida para o sebo bovino

Com produção recorde e participação crescente na fabricação de biodiesel, o sebo ganha destaque na produção de biodiesel.


Foto: Freepik

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A produção de sebo bovino foi de 806,8 mil toneladas no primeiro semestre. Para o segundo semestre a estimativa é de 896,9 mil toneladas, indicando um crescimento de 11,2%, um recorde.

O consumo para a fabricação de biodiesel entre janeiro e outubro, foi de 524,4 mil m³, volume 7,6% maior que os 487,4 mil m³ registrados no mesmo período de 2024.

A produção nacional de biodiesel até outubro foi de 8,1 milhões de m³, um aumento de 7,3% em relação aos 7,6 milhões de m³ produzidos no mesmo intervalo em 2024. A participação do sebo bovino nesta produção foi de 6,5%. Isoladamente, em outubro, a participação foi de 9,5%, com alta de 0,8 ponto percentual frente a setembro.

Figura 1.
Evolução do volume de sebo bovino (mil m³) para biodiesel no período de 2023 a 2025.
Fonte: ANP / Elaboração Scot consultoria

A participação do biodiesel em relação a produção de sebo bovino mostra que a parcela do sebo direcionada ao biocombustível passou de 28,8% no primeiro semestre para 39,0% no segundo semestre (dados até outubro).

Em meses específicos, a trajetória é de crescimento acentuado: agosto (36,0%), setembro (45,4%) e outubro (50,4%). Para novembro, considerando a sazonalidade do insumo, a estimativa é de uma participação de 55,6%.

Figura 2.
Participação do sebo bovino na fabricação de biodiesel no biênio 2024-2025.
Fonte: ANP / Elaboração Scot consultoria
*Estimativa para novembro de 2025.

O aumento do uso do sebo bovino possui implicações ambientais. O biodiesel derivado desse insumo emite 23 vezes menos Gases de Efeito Estufa (GEE) que o diesel fóssil. Em comparação ao biodiesel de óleo de soja, as emissões são 7 vezes menores.

Essa baixa emissão reforça o papel do biocombustível no cumprimento de compromissos climáticos. A evolução contínua dos percentuais de mistura, juntamente com o aprimoramento técnico e a diversificação de matérias-primas, contribui para o posicionamento do país na transição energética global.

Para 2026, a implementação da Lei dos Combustíveis do Futuro prevê o aumento gradual do teor de biodiesel no diesel. A mistura passará de B15 (15,0%) para B16 (16,0%), com elevação de um ponto percentual ao ano até 2030, quando atingirá B30 (30,0%). Essa medida amplia a demanda estrutural por matérias-primas e abre espaço para uma participação ainda maior do sebo bovino na matriz de biocombustíveis.

Dessa forma, a elevação do uso crescente na indústria de biodiesel e sua expressiva vantagem ambiental formam uma base sólida para o setor. O marco regulatório projetado para os próximos anos assegura uma demanda ampliada e contínua, integrando o insumo à estratégia nacional de combustíveis sustentáveis e ao cumprimento das metas climáticas.

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