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Scot Consultoria

Energia solar no meio rural


Segunda-feira, 29 de janeiro de 2024 - 09h00


O campo está adotando a geração de energia renovável como uma estratégia de crescimento sustentável. Essa iniciativa reduz custos, aumenta a competitividade e contribui para a preservação do meio ambiente.


A energia solar no meio rural deverá crescer 4% ao ano

A geração de energia solar no meio rural está aumentando, no primeiro semestre de 2023, a expansão foi de 34,8% em potência instalada, alcançando 3,1 gigawatts (GW), com o segmento ocupando o terceiro lugar em quantidade de conexões e potência instalada, representando 14% da capacidade nacional de geração distribuída, perdendo apenas para as instalações residenciais e comerciais.


Essa tendência deve se manter, graças as políticas de incentivo e aos preços cada vez mais atrativos da tecnologia, calcula-se que a capacidade global de energia solar cresça 4% ao ano nos próximos dez anos.


A conta de luz é o principal estímulo para a adoção de energia solar

Outro fator que impulsiona a adoção de energia solar no país, é a conta de luz. Nos últimos oito anos, entre 2015 e 2022 a tarifa elétrica subiu 70%.


A redução das despesas com energia elétrica beneficia a produção leiteira, a avicultura, a irrigação e o bombeamento de água, por exemplo.


A energia solar proporciona às fazendas uma fonte de eletricidade segura, confiável e independente, mesmo em áreas rurais, onde a rede elétrica pode ser precária ou de difícil acesso. Além de reduzir os custos operacionais, a energia solar libera recursos para investimentos em equipamentos, tecnologias e infraestrutura, que podem aumentar a produtividade e eficiência das operações agrícolas.


O sistema fotovoltaico tem uma vida útil de 25 anos, e a manutenção é relativamente baixa.


O produtor rural pode escolher entre dois sistemas de geração de energia

Um sistema on-grid de 19 kW, que é a potência média instalada no Brasil, custa cerca de R$76 mil e gera 2.375 kilowatts hora (KWh) por mês.


A eletricidade produzida é consumida na propriedade e o excedente volta para a rede de distribuição, gerando crédito em energia. Num exemplo hipotético a economia na conta de luz de, aproximadamente, R$ 1,8 mil por mês, proporciona um retorno do investimento em 42 meses.


Existem linhas de financiamento para projetos de energia fotovoltaica, o que torna o investimento possível, bancos oferecem linhas de crédito para esse fim.


O investimento em energia fotovoltaica pode ser financiado para até 96 meses.


O Banco do Brasil, por exemplo, oferece financiamento que utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para promover o desenvolvimento econômico e social da região, esse programa é direcionado a empresas e produtores rurais e, as regiões atendidas pelo programa são o Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os limites variam conforme o setor, sendo até 5 milhões de reais para o setor de serviços e comercial, e até 10 milhões de reais para as demais linhas, com taxas a partir de 0,75% ao mês.


O produtor rural pode escolher entre dois sistemas de geração de energia fotovoltaica:


- Sistema On-Grid: é conectado à rede pública de distribuição. O excedente de energia produzido é enviado para a rede e convertido em créditos.


- Sistema Off-Grid: funciona de forma independente da rede pública de distribuição. O excedente de energia é armazenado em baterias para uso em momentos de menor produção.


Fazenda solar

O produtor rural pode transformar a propriedade em uma fazenda solar e vender energia, ou seja, a energia gerada será transferida para outros lugares, para isso existem duas modalidades.


Autoconsumo, a fazenda abastece o negócio e o excedente fica disponível para ser usado em outra unidade pertencente a mesma pessoa (física ou jurídica), como por exemplo, alguém que tenha um sistema fotovoltaico na propriedade rural, mas quer usar essa energia também na sua casa na cidade.


Geração compartilhada, toda energia gerada é consumida por diversos consumidores, via cooperativa ou consórcio, por exemplo, diversas empresas se unem para implementar um sistema de energia solar compartilhada em uma área rural. A energia gerada é integrada ao sistema da distribuidora, sendo utilizada como crédito para compensar as despesas com eletricidade das empresas participantes desse consórcio, o dono da área rural pode se beneficiar ao “emprestar” sua terra para a criação dessa fazenda solar.


Em resumo

Como a energia elétrica é um dos insumos das atividades agropecuárias, a adoção de sistemas de produção de energia limpa nas fazendas pode trazer maior competitividade e sustentabilidade e reduzir os custos de produção, agregando valor ao que é produzido e gerando oportunidades para novos investimentos.



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