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Scot Consultoria

Etanol nos Estados Unidos


Segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006 - 11h30

Em seu discurso anual, o presidente norte-americano George W. Bush defendeu que é preciso reduzir a dependência americana do petróleo, sendo necessário o desenvolvimento de fontes de energia renovável, dentre elas o etanol. Além das reservas de combustíveis fósseis estarem fadadas ao esgotamento, hoje boa parte dos suprimentos de petróleo depende de regiões “instáveis”. Portanto, não confere tranquilidade aos consumidores. Porém, o que parece ser uma boa notícia para a economia brasileira, afinal, os Estados Unidos são grande consumidor de combustíveis, e o Brasil o maior produtor de etanol, pode se transformar num problema para os norte-americanos. O presidente norte-americano não mencionou, em seu pronunciamento, o aumento das importações. Pelo contrário, fixou prazo de 6 anos para que os Estados Unidos passem a desenvolver etanol competitivo. A intenção é mais que dobrar a produção doméstica nesse período, passando de 14 bilhões para 30 bilhões de litros. A produção de etanol nos Estados Unidos se dá principalmente através do milho. O processo demanda cinco vezes mais energia do que no Brasil, que extrai o combustível da cana-de-açúcar. Parece óbvio que a saída mais correta seria trabalhar com etanol importado do Brasil. Mas a política protecionista norte-americana segue forte. Hoje os EUA já cobram US$0,54 de tarifa sobre a importação de um galão de 3,8 litros de etanol, para proteger os ineficientes produtores nacionais. Isso equivale a um adicional de cerca de 25% sobre o preço do produto. Para transformar esse problema em oportunidade, os produtores e negociadores brasileiros precisam começar a se mexer já. (FTR)
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