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Scot Consultoria

Entendendo as disputas na OMC


Quarta-feira, 14 de dezembro de 2005 - 11h57

O Brasil, líder do G-20 (grupo que reúne os países em desenvolvimento, como Argentina, Índia e China), continua em sua luta pela abertura de mercados na Organização Mundial do Comércio (OMC), mas o protecionismo dos países desenvolvidos, em especial da União Européia, ainda é muito visível. Entre os temas discutidos, os principais são: acesso a mercados, facilitação de comércio, revisão de regras comerciais e ajuda aos países pobres. Entretanto cada país tem um interesse primordial, que reflete a área em que é mais competitivo. O Brasil, devido aos baixos custos de produção e à baixa remuneração da mão-de-obra, consegue ser muito competitivo no setor agropecuário. A vastidão do território nacional e a proliferação de tecnologias também permitem a produção em escala, reduzindo ainda mais os custos. Dessa forma, seria interessante para o país obter maiores acessos aos mercados internacionais, em função da sua competitividade. A União Européia é o maior comprador de carne bovina do Brasil, entretanto não temos cotas de exportação definidas para a Europa. No caso de exportar carne extra-cota, as taxas incidentes diminuem a competitividade brasileira, permitindo que os produtores locais sustentem preços mais altos. Obter uma maior abertura dos mercados, além da redução dos subsídios agrícolas, que criam uma disputa desleal com os agricultores de regiões mais pobres, levaria ao aumento das exportações brasileiras. Estudos do Banco Mundial e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico indicam que o aumento das exportações não iria diminuir significativamente a desigualdade social, mas teria efeito na redução da pobreza. (LMA)
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