Prognóstico climático para a terceira semana de setembro

Fonte: Scot Consultoria

Região Norte

As chuvas permanecerão sobre o Norte do Brasil na terceira semana de setembro. Embora menos constantes, elas tendem a se distribuir de maneira mais homogênea entre os estados, variando entre 15mm e 20mm. Amazonas, Acre e Rondônia irão registrar precipitações em todo o território, trazendo fôlego sobretudo para Rondônia, que, assim como Tocantins, enfrenta níveis de umidade do solo bem abaixo do esperado para o período, que naturalmente é menor nesta época final de estiagem.

Nos demais estados, as chuvas serão mais localizadas. Em Roraima, devem se concentrar no Sul do estado; no Amapá, no Norte; e no Pará, no Oeste. Já no Tocantins, não há previsão de chuvas para a semana.

Esse cenário traz boas perspectivas para as áreas contempladas pelas precipitações, que, mesmo sem normalizar a umidade do solo, já oferecem um alento para as pastagens. Por outro lado, o Sudeste do Pará e o Tocantins devem ser penalizados pela ausência de chuvas, o que tende a agravar uma situação que já é desfavorável.

No geral, a maior parte do território registrará chuvas dentro do esperado para o período, com exceção de algumas áreas onde podem ocorrer anomalias negativas de até 25mm.

Região Nordeste

As precipitações irão permanecer concentradas na Zona da Mata e no Agreste, com acumulados de até 25mm. Já o Meio-Norte e o Sertão seguem sem previsão de chuvas, mantendo o cenário seco. Ainda assim, o volume observado continua dentro do esperado para o período.

Na Bahia, as chuvas retornam ao Sul do estado e, ao longo da semana, também devem atingir a divisa com Minas Gerais e o extremo Oeste baiano.

Quanto à umidade do solo, mesmo com chuvas dentro da normalidade, a região apresenta níveis abaixo do padrão habitual.

Região Centro-Oeste

As chuvas voltam a se espalhar pela região e finalmente alcançam Goiás, que enfrentava um longo período de estiagem. As precipitações devem permanecer dentro do esperado:leves, mas bem distribuídas entre os estados, com acumulados que não ultrapassam os 20mm. Apesar do baixo volume, o cenário traz boas perspectivas para os próximos dias.

A umidade do solo segue abaixo do normal em toda a região, com destaque para Goiás, que apresenta a situação mais crítica em razão do tempo prolongado sem chuvas. Em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul, há variações entre as áreas mais e menos afetadas, reflexo das chuvas localizadas registradas nas últimas semanas. Embora ofereçam algum alívio, as precipitações ainda estão distantes do ideal para reverter o déficit de umidade no solo.

Região Sudeste

A região também voltará a receber volumes mais significativos de chuva. Espírito Santo e Rio de Janeiro deverão registrar os maiores acumulados, variando entre 35mm e 45mm. Nesses estados e no Sudeste de Minas Gerais são esperadas anomalias positivas de precipitação.

Em São Paulo e em Minas, a chegada da chuva traz boas perspectivas e marca o fim da estiagem. Nos dois estados, as anomalias de umidade do solo são severas, o que comprometeu a qualidade das pastagens. A volta das precipitações representa um alento, mas, apesar de virem em bons volumes, ainda será necessário que ocorram de forma mais constante para recompor o déficit hídrico.

Em São Paulo, os maiores acumulados devem se concentrar no Leste do estado, diminuindo em direção ao Oeste. Já em Minas, os volumes mais expressivos devem ocorrer no Sul, com redução gradativa rumo ao Norte. Os acumulados variam entre 25mm e 45mm.

Região Sul

As chuvas devem permanecer constantes no Sul do país, com acumulados entre 15mm e 30mm, volumes inferiores aos registrados nas últimas duas semanas.

No Norte do Paraná e em áreas isoladas de Santa Catarina, a umidade do solo segue abaixo do normal, embora sem grande intensidade. Já no Rio Grande do Sul, as condições estão dentro do esperado.

Figura 1.
Mapa de precipitação total prevista de 22/9/2025 até 28/9/2025 (mm).

Fonte: NOAA

Figura 2.
Mapa de anomalias de precipitação prevista de 22/9/2025 até 28/9/2025 (mm).

Fonte: NOAA

Figura 3.
Anomalia de umidade do solo – Modelo Leaky Bucket (%).

Fonte: NOAA/CPC