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Scot Consultoria

Boi e carne em sentidos opostos


Sexta-feira, 18 de janeiro de 2008 - 10h01

O mercado do boi gordo trabalha em ambiente firme. A oferta relativamente reduzida de animais para abate é reflexo, primeiro, de um fator “estrutural”: a crise que acometeu a pecuária entre 2002 e 2006, e que levou ao abate de matrizes e à redução de investimentos. Depois, especificamente nesta safra, é preciso considerar o atraso e a irregularidade das chuvas, influenciando negativamente o ritmo de terminação dos animais a pasto. Na outra ponta, as indústrias investiram muito em aumento de capacidade de abate, o que acirrou a concorrência pelo boi. O resultado, portanto, só poderia ser a valorização da arroba. Vale destacar que ao menos nos primeiros dias do ano, o aumento dos preços da carne bovina no atacado, graças à oferta reduzida e ao aquecimento das vendas (período de pagamento de salários), dava respaldo à alta no mercado físico do boi gordo. Mas a partir da segunda quinzena do mês, a carne e o boi passaram a tomar sentidos opostos, como ilustra a figura 1. A oferta de animais para abate permaneceu ajustada, o que manteve o boi em alta. Entretanto, como é normal em segunda quinzena de mês, a demanda por carne esfriou, tirando a sustentação dos preços. A carne já voltou aos patamares do início do mês. Mas a cotação da arroba do boi gordo está 5,6% mais alta. A frouxidão do atacado é uma barreira ao fortalecimento do movimento de alta no mercado físico do boi gordo. (FTR)
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