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Scot Consultoria

Cisticercose


Quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007 - 10h07

A cisticercose, doença característica de áreas com pouca infra-estrutura e saneamento básico, atinge 50 milhões de pessoas em todo o mundo. A cisticercose é contraída quando o indivíduo ingere ovos da tênia, que podem estar em alimentos ou na água. Ao ingerir a carne de suínos ou bovinos com cisticercose, contrai-se a teníase. No primeiro caso, mais grave, o homem faz o papel de hospedeiro intermediário, como os suínos, bovinos ou cães. No segundo caso, ele é o hospedeiro definitivo. Quando adulto, o parasita, que é conhecido como ‘solitária’, vive no intestino delgado e pode atingir vários metros de comprimento. Quando o verme está na fase de larva, pode formar cistos nos músculos humanos, que migram para vários órgãos, inclusive para o cérebro, causando convulsões. O parasita Taenia solium, que causa a teníase e a cisticercose, tem dois genótipos diferentes: um asiático e outro afro-americano. Até agora, não se sabia se determinado antígeno poderia servir para identificar a presença das duas formas do verme, o que dificultava os estudos para o aprimoramento de diagnósticos. Um grupo de pesquisadores na Faculdade de Medicina de Asahikawa, no Japão, estuda maneiras de diagnosticar a cisticercose. A doença tem abrangência global, embora estejam mais presentes em locais com más condições sanitárias e educacionais. Existem dois cenários. Um é o dos países pobres, que constituem a zona endêmica das doenças e estão concentrados na América Latina, África e Ásia. O outro se relaciona a regiões em que a presença da doença decorre da mobilidade da população, como Europa, Estados Unidos e Japão. O diagnóstico da doença é feito com glicoproteínas extraídas do parasita. Como existem dois diferentes genótipos, o objetivo da pesquisa era saber se as diferenças nas glicoproteínas poderiam afetar o diagnóstico. A conclusão do estudo foi que, seja qual for o genótipo do parasita, pode-se extrair o antígeno e usá-lo para diagnosticar a cisticercose humana, suína, bovina e canina. A cisticercose canina, de acordo com o pesquisador, não é tão importante no Brasil, mas é de extrema relevância em países como a China, onde a carne canina é amplamente utilizada como alimento. Os pesquisadores no Japão pretendem melhorar os testes, desenvolvendo uma técnica mais rápida, a fim de tornar a metodologia atrativa para ser utilizada em exames clínicos com resultados instantâneos. A cisticercose tem tratamento rápido, mas exige acompanhamento médico-hospitalar. Isso significa que um diagnóstico eficiente e rápido é absolutamente fundamental. (MGT) Mais informações: www.agencia.fapesp.br
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