Problemas na Citricultura

As regiões do Triângulo Mineiro, Norte e Noroeste do Estado de São Paulo, concentram entre 20% e 30% de todo o parque comercial citrícola brasileiro, o maior do mundo, apesar da migração do plantio de novas mudas ao Sul de São Paulo. Foi dentro dessa região que ocorreu a primeira incidência da morte súbita dos citrus (MSC), que a partir desse ano disseminou pelos municípios do Triângulo Mineiro, Norte e Noroeste do Estado de São Paulo. Mesmo com crescimento médio de 207% de incidência da doença em 2006, ela segue restrita nessas regiões, abrangendo 31 municípios. Estima-se que desde o surgimento da doença, em 2001, cerca de 4 milhões de plantas foram erradicadas ou dizimadas pela morte súbita dos citros. Além disso, dos 1.840 talhões que foram levantados em pesquisa, 17% não existiam mais, pois muitos deles foram convertidos em canaviais, conforme pesquisador da Fundecitrus. A MSC provoca diminuição no tamanho, peso e quantidade de frutos. Eles podem ser transportados e consumidos sem nenhum problema, pois não oferecem risco à saúde. Outro grande problema do setor de citrus é o cancro cítrico, uma doença que foi introduzida no Brasil em 1957 na região de Presidente Prudente (SP). Ela é de fácil disseminação e um de seus vetores é o próprio homem. Altamente contagiosa, ela é resistente e consegue sobreviver em vários ambientes por vários meses. Em folhas, ramos e frutos com sintomas, a sobrevivência da bactéria pode durar vários anos. Em 2005, foram contaminadas 529 plantas em talhões. Mas, para evitar a disseminação do cancro cítrico, que ataca todas as variedades e espécies de citros, o Ministério da Agricultura interditou uma propriedade rural localizada no município mineiro de Fronteira. A interdição será mantida por tempo indeterminado. (MAHK)
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