• Quinta-feira, 25 de setembro de 2025
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Scot Consultoria

Brasil consolida protagonismo global no mercado de grãos e pecuária com integração eficiente

Durante o Encontro de Intensificação de Pastagens, especialista da Scot Consultoria destaca os principais fatores que sustentaram preços e impulsionaram a demanda no ciclo 2024/2025.


O agronegócio brasileiro fechou o ciclo 2024/2025 com resultados positivos, impulsionado por uma integração cada vez mais eficiente entre lavoura e pecuária. No Encontro de Intensificação de Pastagens, promovido pela Scot Consultoria nos dias 24 e 25 de setembro, em Ribeirão Preto (SP), o analista de mercado Felipe Fabbri destacou os principais movimentos do setor na palestra “Dossiê dos grãos: decodificando o mercado para tomar decisões”. Segundo ele, o Brasil consolidou sua liderança global ao alcançar a maior produção de grãos da história - cerca de 350 milhões de toneladas - e ao manter preços sustentados mesmo com oferta abundante.

A soja, que respondeu por 171 milhões de toneladas, foi protagonista, beneficiada pela demanda externa aquecida, especialmente da China. “Os prêmios de exportação se estabilizaram em 2025 e a maior mistura de biodiesel também ajudou a sustentar o esmagamento da soja internamente”, explica Fabbri. No cenário internacional, a retração nas áreas plantadas nos EUA e Argentina reforça o protagonismo brasileiro no ciclo 2025/2026, que já começou a ser plantado e tem previsão de ampliação da área cultivada apenas no Brasil entre os três maiores produtores globais.

O milho também viveu um ciclo marcado por extremos. A safra começou com estoques mínimos - apenas 2 milhões de toneladas -, o que impulsionou os preços no início do ano. Apesar disso, a boa produtividade, aliada à forte demanda das indústrias de etanol e nutrição animal, manteve os preços firmes mesmo com o acréscimo de quase 20 milhões de toneladas em relação ao ano anterior. “O mercado não só absorveu essa produção recorde, como manteve as cotações sustentadas até o fim de 2025”, destaca Fabbri.

Na pecuária, o reflexo foi direto: com insumos mais acessíveis, especialmente farelo de soja e milho, o poder de compra do pecuarista atingiu o melhor patamar dos últimos cinco anos. A estratégia de suplementação alimentar avançou, fortalecendo ainda mais o modelo de integração lavoura-pecuária. Produtos como DDG e farelo de algodão também registraram preços competitivos, o que permitiu uma gestão mais eficiente das dietas, mesmo em períodos críticos do ano.

Para 2026, o cenário é de cautela, mas ainda positivo. A continuidade do crescimento na demanda por milho, impulsionada pela produção de etanol - que deve atingir 16,6 bilhões de litros até o fim da década -, e pelo aumento da mistura à gasolina, tende a manter o mercado interno aquecido. “O ponto de atenção agora é o clima e a reposição na pecuária. Quem se planejar e aproveitar o atual momento de compra pode sair na frente no próximo ciclo”, conclui Fabbri.

Matéria originalmente publicada em: Brasil consolida protagonismo global no mercado de grãos e pecuária com integração eficiente

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