A carne sem osso não acompanhou a retomada dos preços do boi casado, iniciada no começo de julho. O mercado atacadista de cortes desossados segue pressionado, está em queda há quatro semanas.
Quando a oferta de matéria-prima diminui, as negociações spot de carcaça tendem a ganhar força. Além disso, tem o efeito do pagamento de salários, que normalmente melhora o giro de estoque dos varejistas, que são menores, mais enxutos, nos estabelecimentos que compram carne com osso.
Tudo isso somado contribuiu para a alta de 3,3% do boi casado neste mês.
Já a queda de 2,0% para a carne desossada demonstra que açougues e supermercados estão ofertando o que havia estocado (este produto permite mais estocagem) e o fluxo de recompra não é suficiente para puxar os preços de venda na indústria. No acumulado dos últimos sete dias a carne sem osso caiu 1,3%, em média.
O resultado disso para os frigoríficos, que já começaram a pagar mais pela matéria-prima, escassa nesta época, especialmente este ano com a redução do primeiro giro de confinamento, é uma diminuição importante em suas margens, que chegaram a 30% em junho e hoje estão em 23%.
Locução feita por: Felippe Reis.
Análise de: Alex Lopes.
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