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Scot Consultoria

Preço agrícola deve subir no atacado

Preço agrícola deve subir no atacado


Os preços de produtos agrícolas no atacado devem continuar em alta no mercado interno nas próximas semanas e deverão contribuir para o aumento da inflação no país, de acordo com a RC Consultores. O índice da RC Consultores, que analisa o comportamento dos preços de uma cesta de 17 produtos agrícolas no atacado paulista, registrou alta de 1,1% na semana encerrada no dia 23 de agosto, em comparação à semana anterior. No mês, o índice registra alta de 7% em relação a julho e de 25,5% em comparação com agosto de 2006.
De acordo com o levantamento, na última semana analisada, houve aumento nos preços de arroz (15,5%), milho (5,6%), trigo (3,5%), soja (2,9%), feijão (0,4%) e algodão (0,1%). Por outro lado, houve queda nos preços de carne bovina (0,5%), ovos (0,8%), açúcar (1,6%), laranja (10,4%), tomate (15,1%) e batata (16,1%). Já os preços de leite C, café, frango e carne suína permaneceram estáveis no período. Segundo Fabio Silveira, economista da RC Consultores, o aumento nos preços agrícolas decorre de um conjunto de fatores, entre eles a entressafra do arroz e da pecuária de corte e leite. Levantamento da Scot Consultoria mostra que o preço médio do traseiro bovino em agosto (até o dia 23) ficou em R$4,88 o quilo no atacado, o maior patamar desde que o acompanhamento começou em 1996. Comparando a média de agosto deste ano com a do mesmo mês de 2006, a valorização é de 16,8%. De acordo com Leonardo Alencar, da Scot, o atacado subiu por conta da oferta enxuta de gado bovino para abate. "A oferta melhorou um pouco, com a entrada de boi de confinamento, mas não o suficiente para que os frigoríficos alongassem as escalas e normalizassem o volume diário de abate". Silveira observa que a alta de insumos para ração também influencia os preços da carne. "A valorização nos preços internacionais do milho nos últimos meses não foi totalmente repassada no mercado doméstico e, com o aumento das exportações e redução da oferta, os preços do milho seguem em alta", acrescenta. Do lado da demanda, a melhora na renda dos brasileiros gerou aumento do consumo de alimentos, o que também sustenta os preços. "Os preços no atacado devem seguir em alta pelo menos até outubro, quando se inicia a safra do boi", diz Silveira. A alta no atacado provocará valorização nos preços também no varejo, devendo elevar a inflação no país, prevê. Fonte: Valor Econômico. Agronegócios. Por Cibelle Bouças e Alda do Amaral Rocha. 27 de agosto de 2007. << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
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