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Scot Consultoria

Boi retoma recuperação adiada pela febre aftosa


Quinta-feira, 14 de setembro de 2006 - 12h05

O ciclo de alta nos preços do boi gordo está começando agora e deve durar pelos próximos três ou quatro anos. Ele põe fim a um período de quatro anos nos quais os pecuaristas brasileiros reduziram matrizes e diminuíram investimentos para formar um cenário de oferta menor no País e elevação de preços. Levantamento feito pela Scot Consultoria mostra que a valorização da arroba entre julho e setembro, período de entressafra da pecuária no País, foi de R$ 6,27 no preço da arroba em São Paulo, que é negociada hoje até a R$ 60 na praça balizadora do mercado. Esta é a maior alta desde 2002, "sendo que naquele ano o dólar estava valorizado, o que não ocorre agora", disse o analista da Scot Consultoria Fabiano Tito Rosa. "Tirando este fator e também o fato de que não computamos todo o mês de setembro, com certeza teremos este ano a maior alta em dez anos neste período de entressafra", disse. Apesar da alta ser bem recebida, ela está bastante atrasada poderia ter vindo no ano passado, quando no segundo semestre os contratos futuros apostavam que a arroba poderia chegar em até R$ 70 no final daquele ano. Os embargos externos, porém, ocorridos pelos focos de aftosa no País, seguraram a valorização de preços. "Já este ano, com o mercado interno com um consumo fraco, as exportações em aumentos expressivos e dólar desvalorizado em relação ao real, a subida é muito expressiva para ser apenas a sazonalidade de nossa entressafra normal", disse Tito Rosa. O analista se refere ao período entre maio e agosto, nos quais a seca faz com que os pecuaristas tirem o gado do pasto e façam o confinamento. Como este tem um custo maior, é o período em que a oferta cai no País e há tendência de alta nos preços. Confinamento maior: Este aumento de preços da arroba do boi e expectativa de que o preço seja recorde até dezembro, fará com que muitos pecuaristas, principalmente de menor porte, se animem a entrar no negócio do confinamento ainda este ano. Geralmente há dois períodos que se costuma confinar o boi magro, um que já teve início em maio ou junho, e outro que terá início apenas no próximo mês. No ano passado houve redução de 18% nesta segunda etapa de confinamento. Para este ano, a Scot prevê um crescimento de até 4% no volume de animais confinados. O custo de produção dos animais alojados e recebendo comida neste regime de confinamento é de R$ 53 por arrroba. Fonte: Gazeta Mercantil. Por Juan Velásquez. 14 de setembro de 2006
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