Estudo aponta que basta o mês fechar com cotação de R$ 58,35 para boi alcançar a valorização
A cotação da arroba do boi gordo em São Paulo, considerando-se o período de julho a setembro, pode registrar o maior aumento dos últimos 10 anos. É o que diz estudo da
Scot Consultoria, de Bebedouro.
Segundo o consultor
Fabiano Tito Rosa, o valor pode superar o de 2002, quando a desvalorização do real favoreceu a reação dos preços.
“Tal comportamento é reflexo da retração na oferta de animais terminados.” O consultor observa que além da entressafra, também trata-se de influência dos mais de quatro anos de abate de matrizes e redução de investimentos em pecuária.
Com a descoberta de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná, o preço da arroba foi derrubado na virada de 2005 para 2006. “O boi em São Paulo bateu R$ 50 em junho, a cotação mais baixa desde 1970, em valores corrigidos.”
O consultor observa que com o início da entressafra a partir de julho o mercado começou a reagir.
“Comparando-se as médias mensais de julho e de setembro de 2006 (até o dia oito) tem-se uma valorização de R$ 6,27 por arroba para o boi gordo, o que equivale a 12,2%”, afirma
Tito Rosa.
Ele projeta que basta o mês fechar com cotação média de aproximadamente R$ 58,35 para o boi alcançar a maior valorização dos últimos 10 anos no período.
Movimento atinge o país
O consultor da Scot
Fabiano Tito Rosa afirma que o movimento de alta acomete todo o país no período pesquisado.
Ele observa que em 2002 a cotação do dólar reagiu 9,2% entre julho e setembro. “Este ano, pelo contrário, a moeda norte-americana se desvalorizou em 2,7% no período.”
A significativa valorização da arroba mesmo com o dólar baixo e restrições comerciais, diz ele, é resultado, portanto, do ajuste na oferta de animais terminados.
“Reflexo da entrada da entressafra, mas com o reforço importante de mais de quatro anos de abate de matrizes e redução de investimentos.”
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