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Scot Consultoria

Expectativas para o consumo de carne nos próximos meses. A demanda sustentará os preços do boi gordo?


Quinta-feira, 30 de novembro de 2017 - 12h20

Foto: Scot Consultoria


Sidnei Maschio:
Hyberville, onde estava escondido este consumidor brasileiro que agora voltar a frequentar o balcão do açougue?


Hyberville Neto:  Temos observado uma melhoria de consumo. O final do ano tipicamente é um período de maior demanda.


Paralelamente, temos alguns indicadores de melhoria da situação econômica, como o melhor resultado em criação de vagas para outubro desde 2013 (CAGED).


Sidnei Maschio: O que aconteceu com o mercado atacadista de carne com osso e sem osso desde a segunda semana de novembro, que foi quando os preços começaram a reagir?


Hyberville Neto:  O escoamento melhor, associado a uma oferta ainda modesta de boiadas, gerou esta reação nos preços no atacado.


Sidnei Maschio: E está sendo o comportamento do varejo ao longo deste mês de novembro?


Hyberville Neto:  Na última semana tivemos recuo devido ao período de final de mês, mas as expectativas para as próximas semanas são de que o varejo consiga repassar os ajustes do atacado.


Sidnei Maschio: Até onde pode ir essa reação no consumo de carne aqui no nosso mercado interno?


Hyberville Neto: A tendência é de melhoria ao longo de dezembro, com redução em janeiro. Neste caso, considerando a sazonalidade entre os meses, mas também temos que considerar que paralelamente há a recuperação econômica. De toda forma, após este próximo mês, a tendência é de um escoamento mais lento.


Sidnei Maschio: O que aconteceu com o preço do boi gordo durante estas semanas mais recentes?


Hyberville Neto: Também tivemos valorizações, no cenário geral. Desde o começo de novembro a alta na média para o boi gordo nas praças pesquisadas pela Scot Consultoria foi de 2,7%. Em São Paulo o preço subiu 4,4%.


Sidnei Maschio: E a respeito da margem de comercialização do frigorífico, Hyberville, a situação está mais sossegada para o lado da indústria?


Hyberville Neto: A situação continua em patamares um pouco acima da média histórica, mas menos confortáveis que em meses anteriores. As altas recentes do boi gordo foram maiores que no atacado e reduziram esta margem.


Sidnei Maschio: Com o atraso da chuva em várias regiões de pecuária do país, quando devem chegar na praça as primeiras boiadas de pasto?


Hyberville Neto: Esperamos um volume maior de gado de pasto a partir do começo de 2018.


Sidnei Maschio: O que deve acontecer com a oferta de gado terminado em 2018?


Hyberville Neto: Esperamos uma boa oferta de bovinos, principalmente de fêmeas, na próxima safra. Isto deve ser levado em conta pelo pecuarista nas programações e busca por ferramentas de garantia de preços. Temos preços interessantes para maio que devem ser considerados para travar parte da produção.


Sidnei Maschio: A exportação de carne bovina apresentou uma substanciosa melhora. O resultado de novembro deve continuar nesse mesmo ritmo?


Hyberville Neto: Sim, já superamos os resultados acumulados do mesmo período de 2016 e se o ritmo se mantiver, deveremos ter um aumento próximo de 50,0%, na comparação anual.


Sidnei Maschio: O boi vai subir em 2018?  


Hyberville Neto: Devido à retenção de 2014 a 2016, esperamos um ano de boa oferta de fêmeas e reposição, o que tende a pressionar as cotações, tanto do boi gordo, como do bezerro. A dúvida fica com a recuperação da demanda.  



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