× Faltam XX dias XX horas XX minutos e XX segundos para o EIP 2025! Entenda mais sobre o caso
  • Quinta-feira, 7 de agosto de 2025
Assine nossa newsletter
Scot Consultoria

Mais um mês de aumento nos custos de produção da pecuária leiteira

Rafael fala sobre os custos de produção da pecuária leiteira.


Rafael Ribeiro, consultor de mercado pela Scot Consultoria concedeu uma entrevista ao apresentador Anderson Sobrinho, do canal Terraviva, sobre os custos de produção da pecuária leiteira.

Rafael Ribeiro é zootecnista formado pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Ilha Solteira.

Foto: Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria.

Confira a entrevista na íntegra:

Anderson Sobrinho: De uma maneira em geral, como você avalia os custos de produção da pecuária brasileira, nesse momento?

Rafael Ribeiro: Em alta. Além dos aumentos dos custos com combustíveis, energia e mão-de-obra, os preços dos alimentos concentrados subiram consideravelmente em 2016, em relação ao ano passado.

Os destaques são o milho (somente em junho os preços caíram), o farelo de soja, o farelo e caroço de algodão e a polpa cítrica.

Segundo o Índice Scot Consultoria de Custo de Produção da Pecuária de Leite, a alta foi de 2,7% em junho, em relação a maio deste ano. Em relação a junho de 2015, os custos de produção da atividade subiram 28,4%.

Anderson Sobrinho: Com a entrada da segunda safra de milho, os preços devem cair em um patamar que não pese muito no bolso do pecuarista?

Rafael Ribeiro: O mercado perdeu sustentação com a safra, mas espaços para queda este ano são menores, em função dos estoques enxutos, decorrentes das exportações aquecidas na temporada e da menor produção.

Na BM&F/Bovespa os contratos de milho recuaram. No fechamento do dia 22/6 ficaram assim:

Julho/16: R$42,42 por saca de 60 quilos;

Setembro/16: R$40,06 por saca de 60 quilos;

Novembro/16: R$43,45 por saca de 60 quilos;

Janeiro/17: R$44,30 por saca de 60 quilos.

Para uma comparação, em setembro de 2015, o preço médio no mercado físico ficou em R$25,00 por saca.

Anderson Sobrinho: Diante aos altos custos de produção, como o pecuarista pode reduzir as margens dos custos?

Rafael Ribeiro: O acompanhamento diário dos mercados, o planejamento e estratégias de compras de insumos são importantes, em especial em anos de fortes variações de preços e incertezas.

No caso, tentar antecipar as compras ou postergar para o melhor período, em temos de preços.

A busca por produtos alternativos ao milho e ao farelo de soja também faz parte desta estratégia, mas é preciso fazer contas e verificar a disponibilidade dos produtos na região.

A questão este ano é que a alta de preço do milho e farelo de soja puxou para cima também as cotações de polpa cítrica, sorgo, farelo e caroço de algodão.

Anderson Sobrinho: De que forma os pecuaristas podem planejar os seus custos para o início do período de entressafra?

Rafael Ribeiro: Analisando os fatores e fundamentos do mercado, como o clima, oferta, demanda, câmbio, e traçando cenários e fazendo projeções para o curto, médio e longo prazos.

A análise histórica de comportamento de preços também ajuda nestas projeções.

Anderson Sobrinho: Dá pra gente fazer alguma previsão para as próximas semanas, ou até mesmo para o mês que vem?

Rafael Ribeiro: Para o milho, o mercado deve ficar mais frouxo, expectativa de queda das cotações em curto e médio prazo, mas oferta menor na temporada limitando estes recuos.

Já para o farelo de soja, os preços devem ficar em alta no mercado mundial e brasileiro em curto e médio prazos. A demanda mundial está firme e a disponibilidade atual é pequena, com a entressafra no Brasil (preparando para semear a safra 2016/2017) e Estados Unidos (lavouras em desenvolvimento).

<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja