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Scot Consultoria

Encontro de Confinamento entrevista o palestrante Antônio Ignácio


Terça-feira, 5 de março de 2013 - 09h54


Nos dias 3, 4 e 5 de abril acontecerá o tradicional Encontro de Confinamento da Scot Consultoria, em Ribeirão Preto-SP, onde o melhor time de analistas de mercado e de técnicos do setor discutirão o que será possível e o que será impossível para os confinadores nesta temporada.


O encontro é uma referência de mercado e vem sendo realizado há vários anos, concentrando profissionais de toda a cadeia pecuária.


O evento reunirá os principais agentes-chave da pecuária brasileira para expor, de forma clara e objetiva, as tendências de mercado: principais ferramentas de proteção de preço, estratégias de manejo, mercado de grãos, nutrição de animais, reforma de pastagens, custos do confinamento, entre outros.


Mais informações em www.scotconsultoria.com.br/encontroconfinamento/


Um dos palestrantes será o zootecnista Antônio Ignácio, consultor técnico da Projeta Pecuária.


Sua palestra abordará o as aplicações e resultados da utilização de aditivos melhoradores de desempenho, custos atualizados de produção de gado de corte confinado e aditivos melhoradores de desempenho e segurança alimentar.


Para saber um pouco sobre a palestra, leia a entrevista que ele concedeu à organização do Encontro de Confinamento da Scot Consultoria.


Entrevista com Antônio Ignácio


Scot Consultoria: O que podemos esperar dos países importadores de carne brasileira em relação à ractopamina e outros beta-agonistas?                                                                                           


Antônio Ignácio: A União Europeia e a Rússia se pronunciaram a favor da restrição à importação de carne produzida com o uso de beta-agonistas. Como outros países importadores dos nossos produtos e origem animal ainda aceitam sem restrições, provavelmente ocorrerá uma diferenciação de preço ditado pelo mercado, entre os produtos destinados à União Europeia à Rússia, como ocorre no caso da rastreabilidade. 


 


Scot Consultoria: Quais os pontos positivos e os pontos negativos do uso dos aditivos melhoradores de desempenho?                                                                                                                       


Antônio Ignácio: Como pontos positivos, posso citar a possibilidade de produzirmos alimentos com menos insumos e menores custos, permitindo que mais pessoas possam se alimentar melhor e mais vezes e com segurança comprovada, uma vez que todos os aditivos melhoradores de desempenho, aprovados para uso no Brasil, já vem sendo usados nos principais produtores do mundo, há muitos anos.   


Entre os pontos negativos, está a prerrogativa que muitos países utilizam como argumento para justificar sua incapacidade em produzir alimentos com custos competitivos, criando, assim, barreiras aos produtos de países que o fazem.


 


Scot Consultoria: Comente sobre a avaliação de segurança do uso de aditivos melhoradores de desempenho para os animais.


Antônio Ignácio: Todos os aditivos melhoradores de desempenho utilizados no Brasil possuem uma margem de segurança muito alta, não sendo de meu conhecimento o acontecimento de casos de intoxicação pelo seu manuseio e uso.


 


Scot Consultoria: A composição da dieta dos animais pode influenciar a resposta dos aditivos melhoradores de desempenho no ganho de peso?                                                                                     


Antônio Ignácio: Com certeza, pois existem aditivos que melhoram o ganho de peso e os que melhoram a conversão alimentar, sem alterar o ganho de peso, além daqueles aditivos que protegem os animais das infecções. 


Em dietas mais energéticas normalmente ocorre uma melhora da conversão alimentar. Em dietas de suplementação a pasto a melhora vem no ganho de peso. O uso de beta-agonistas melhora, principalmente, o rendimento de carcaça, através do aumento da massa muscular.


 


Scot Consultoria: Os aditivos afetam a qualidade da carne? Se a resposta for positiva, quais as características que são alteradas?                                                                                                                   


Antônio Ignácio: A grande maioria não afeta em nada. No entanto existem estudos que sugerem uma pequena diminuição na maciez na carne de animais tratados com zilpaterol, que é um aditivo melhorador de desempenho que tem como objetivos aumentar o ganho de peso diário, melhorar a conversão alimentar do animal e principalmente, elevar o rendimento de carcaça de bovinos de corte em fase de terminação em confinamento.


 


Scot Consultoria: É possível a segregação nos frigoríficos das carcaças que foram com aditivos melhoradores de desempenho das demais?


Antônio Ignácio: Acredito que sim, da mesma maneira que já se segrega as carcaças para a União Europeia, por conta da rastreabilidade. Carcaças com uso de aditivos melhoradores de desempenho também serão separadas.


No momento aguardamos a aprovação do protocolo de segregação apresentado à União Europeia para que, de fato, possamos iniciar a utilização dos beta-agonistas como mais uma ferramenta para aumento de eficiência produtiva.



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