As precipitações aumentam em grande parte do Brasil, beneficiando o campo, mas com variabilidade regional.
Foto por: Scot Consultoria
A região concentrará alguns dos maiores acumulados de chuva do país, porém, haverá grande variação entre as áreas, com volumes que podem oscilar entre 100mm e 360mm. Em relação a novembro, está previsto um aumento tanto nos volumes quanto na frequência das chuvas em toda a região.
Quanto às anomalias, predominarão áreas com precipitações acima da média (10mm a 75mm), no Amapá, Norte do Pará, Amazonas e Sul do Tocantins. Rondônia, Acre e as demais áreas deverão registrar volumes próximos ou ligeiramente abaixo da média.
O Amapá, o Pará (faixa Norte e Nordeste) e Roraima apresentarão os menores totais, variando de 80mm a até 200mm, com pontos isolados podendo superar esses valores.
Já o Amazonas, Acre, Sul do Pará, Rondônia e o Tocantins terão acumulados mais elevados, entre 200mm e 360mm. Com exceção de Rondônia e Acre onde os volumes serão mais uniformes. Nos demais estados os acumulados tendem a aumentar à medida que se avança para o Sul.
No Tocantins, o aumento das precipitações manterá o ritmo da semeadura de arroz e soja, além de favorecer o desenvolvimento vegetativo e a floração nas áreas semeadas há mais tempo.
Os mapas apontam um comportamento heterogêneo, com destaque para acumulados maiores em áreas do Oeste da região. O litoral Norte e áreas mais a Leste da região manterão volumes baixos, sem grandes mudanças em relação ao mês anterior. Nas áreas do interior do Sertão e do Meio-Norte, há tendência de aumento das precipitações.
Em relação às anomalias, predominará um padrão positivo entre 10mm e 50mm acima da média na maior parte da região.
Na faixa litorânea do Maranhão e do Piauí, e nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e no Nordeste da Bahia, os acumulados ficarão em torno de 60mm, podendo alcançar 80mm, mantendo o cenário de seca.
Nas demais áreas do Sertão e do Meio-Norte, os volumes aumentarão significativamente, variando entre 100mm e 200mm. Quanto mais ao Sul e a Oeste dos estados do Piauí, Maranhão e Bahia, maiores são os acumulados. Porém, as chuvas ainda serão espaçadas e de baixa intensidade.
No Matopiba, a maior presença e volume das chuvas deverão elevar a umidade do solo, favorecendo a semeadura e o desenvolvimento das lavouras da primeira safra.
Os modelos indicam chuvas amplas e bem distribuídas, características da estação, com aumento relevante dos volumes em toda a região em comparação a novembro. Ainda assim, Mato Grosso do Sul continuará apresentando os menores acumulados.
Apesar disso, o cenário não é preocupante, Goiás como um todo, Oeste de Mato Grosso e o Leste de Mato Grosso do Sul deverão registrar volumes acima da média para o período, enquanto as demais áreas ficarão dentro do padrão habitual ou ligeiramente abaixo.
No Mato Grosso, os acumulados variarão entre 230mm e 360mm, com a maior parte do estado superando 300mm; os menores volumes se concentrarão no Sudoeste. Goiás terá bons acumulados em todo o território, com chuvas bem distribuídas e uniformes, variando entre 300mm e 360mm.
Já o Mato Grosso do Sul registrará os menores totais, entre 160mm e 230mm, com os maiores volumes no extremo Norte; de modo geral, a média estadual ficará em torno de 200mm.
As chuvas abrirão janelas para as áreas ainda não semeadas e contribuirão para o reabastecimento hídrico do solo, favorecendo o desenvolvimento e a floração nas lavouras já implantadas, além de apoiar o enchimento de grãos nas áreas mais avançadas do Mato Grosso.
Assim como nas demais regiões, as chuvas se intensificarão de forma generalizada, com volumes significativos para o mês. Os mapas indicam precipitações acima da média em até 50mm na maior parte da região.
Minas Gerais apresentará acumulados elevados, variando entre 200mm e 360mm, com a área central registrando os maiores volumes.
Rio de Janeiro e Espírito Santo terão totais entre 200mm e 260mm.
Em São Paulo, os acumulados também variam de 200mm a 260mm, com as áreas mais ao Norte concentrando os maiores volumes.
No geral, as condições serão favoráveis para a finalização da semeadura das culturas de verão e para o avanço da semeadura do milho em Minas Gerais, que está atrasada em relação aos últimos anos. As chuvas também devem sustentar o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra e da cana-de-açúcar, além de favorecer a formação dos chumbinhos do café.
A região Sul terá um dos menores acumulados de chuva do país em dezembro, ficando à frente apenas do Nordeste. Em relação a novembro, há tendência de aumento das precipitações no Norte do Paraná; no Sul do estado, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul a previsão é de manutenção dos volumes, ficando semelhantes aos registrados em novembro.
Ao longo do mês, predominam acumulados dentro ou ligeiramente abaixo do habitual, embora áreas pontuais do Norte do Paraná possam registrar volumes acima da média.
No Rio Grande do Sul, os totais variam de 100mm a 160mm, os volumes diminuem gradativamente conforme se avança para o Sul.
Santa Catarina e o Sul do Paraná ficarão entre 130mm e 160mm, enquanto o Norte do Paraná deverá apresentar acumulados médios de 200mm.
O cenário na região seguirá favorável para a maturação e a colheita do trigo, além de apoiar o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra, cujas semeaduras já estão finalizadas ou na reta final, com exceção do feijão no Rio Grande do Sul e da soja em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
As temperaturas médias permanecerão elevadas e acima do normal na maior parte do país, variando de 27°C a 32°C. Pontos isolados da Bahia, Goiás e Minas Gerais podem registrar médias um pouco menores.
No Sul do país, o padrão será mais heterogêneo: as áreas a Leste dos estados terão médias entre 20°C e 22°C, enquanto as áreas a Oeste deverão ficar entre 22°C e 25°C.
Figura 1.
Mapa de precipitação total prevista para dezembro (mm).
Fonte: INMET
Figura 2.
Mapa de anomalias de precipitação prevista para dezembro (mm).
Fonte: INMET
Figura 3.
Mapa de temperatura média prevista para dezembro (°C).
Fonte: INMET
Figura 4.
Mapa de anomalias de temperaturas prevista para dezembro (°C).
Fonte: INMET
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