• Sábado, 1 de novembro de 2025
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Scot Consultoria

Prognóstico climático para última semana de outubro

Temperaturas seguem elevadas e regime de chuvas se estabelece gradualmente.


Foto: Bela Magrela

Foto: Bela Magrela

Região Norte

As chuvas irão se intensificar na região, porém o Norte do Pará, Roraima e o Amapá, apesar de apresentarem melhora nos volumes acumulados, continuarão registrando os menores índices pluviométricos em comparação às demais áreas – sem, no entanto, indicar situação de alerta.

Nas regiões com maior frequência de precipitações, o acumulado mensal deve variar entre 160mm e 260mm. Já nas áreas com menores volumes, a expectativa é de 60mm a 100mm ao longo do mês. De modo geral, quanto mais ao Norte, menores serão os acumulados.

O aumento no volume das chuvas será gradual, tornando-se mais constante a partir da segunda quinzena do mês.

Apesar do retorno das precipitações em outubro, elas foram irregulares e espaçadas, o que limitou a consolidação da umidade do solo e, consequentemente, prejudicou o desempenho da rebrota das pastagens, o que tende a mudar em novembro.

No Tocantins, o cenário para a semeadura da soja é heterogêneo: enquanto o Oeste do estado apresenta condições climáticas favoráveis e boa umidade para o desenvolvimento da cultura, o Leste ainda enfrenta restrição hídrica, com falta de chuvas suficientes para o avanço da semeadura.

Região Nordeste

O comportamento climático segue distinto em relação às demais regiões do país. As chuvas irão permanecer escassas e mal distribuídas, principalmente no Norte do Maranhão, Norte do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Nordeste da Bahia, que continuarão com predomínio de tempo seco; caso ocorram precipitações, os volumes não vão superar 20mm.

Em contrapartida, o Sul do Maranhão, Sul do Piauí, e o Oeste e Sul da Bahia deverão registrar maiores volumes. As precipitações tendem a aumentar em relação ao mês anterior, embora ainda permaneçam abaixo do ideal. Nessas áreas, os acumulados podem variar de 80mm a 160mm, com maiores volumes ao Sul, no entanto, as chuvas ainda serão esparsas e de baixa intensidade.

Embora a falta de chuvas no Nordeste seja típica para o período, e os mapas indiquem volumes dentro ou ligeiramente abaixo da média, a umidade do solo está significativamente abaixo do normal, e a persistência da seca tende a agravar as condições das pastagens e dificultar as atividades no campo.

No Matopiba, predominam áreas com baixa umidade no solo, o que restringe a semeadura das lavouras de sequeiro e prejudica a rebrota das pastagens. A expectativa é que a consolidação das chuvas ocorra apenas na segunda quinzena do mês, mais próxima do final do período.

Em relação à semeadura da soja, todas as áreas do Matopiba, com exceção do Oeste da Bahia, seguem enfrentando restrições hídricas tanto para a semeadura quanto para o desenvolvimento inicial das lavouras. O Oeste baiano, por sua vez, apresenta condições mais favoráveis, com níveis de umidade adequados.

Região Centro-Oeste

Para novembro, a expectativa é de chuvas mais intensas, com aumento gradual dos volumes e da frequência das precipitações. A consolidação do regime chuvoso deve ocorrer a partir da segunda quinzena do mês.

Os acumulados mensais devem ficar em níveis semelhantes entre Mato Grosso e Goiás, variando entre 200mm e 260mm. No Mato Grosso do Sul, os volumes tendem a ser menores, ficando entre 160mm e 200mm ao longo do período.

No início do mês, há previsão de chuvas ainda irregulares e esparsas, mas o cenário deve melhorar gradualmente conforme o mês avança, favorecendo o reabastecimento hídrico do solo e o avanço da semeadura dos cultivos de primeira safra.

Em relação à soja, a região apresenta condições hídricas favoráveis para o desenvolvimento da cultura.

Região Sudeste

As chuvas na região também irão se intensificar em novembro, com destaque para o Norte de Minas Gerais que, em outubro, registrou os menores índices do estado.

No Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, o acumulado mensal deve variar entre 200mm e 260mm, trazendo alívio hídrico, especialmente para o Norte mineiro.

Em São Paulo, os volumes previstos são menores, entre 130mm e 160mm, refletindo uma tendência de chuvas abaixo da média para o mês. Ainda assim, não há indicação de preocupação.

Em outubro, as chuvas estiveram presentes na região, mas foram pouco frequentes e mal distribuídas, o que limitou a recuperação das pastagens e dificultou os trabalhos em campo da safra de verão.

Para novembro, o cenário tende a melhorar gradualmente, com condições mais favoráveis à semeadura e ao início do desenvolvimento dos cultivos de primeira safra. A exceção continua sendo o Norte de Minas Gerais, que apesar de ter boas perspectivas para novembro, a umidade do solo ainda pode ser insuficiente.

Quanto às pastagens, as áreas que ainda sofrem com a escassez de chuvas devem ganhar fôlego, enquanto nas regiões onde a rebrota já começou, o ritmo de recuperação tende a se intensificar.

Região Sul

Diferente do restante do país, as chuvas no Sul tendem a diminuir em novembro em relação ao que foi registrado em outubro, com volumes variando entre 130mm e 160mm.

Apesar desse cenário, a redução das chuvas ajuda a diminuir os riscos de danos aos cultivos de inverno, especialmente às lavouras em fase de maturação e colheita. Com os volumes esperados para o mês, as condições ainda serão, de modo geral, favoráveis à continuidade da semeadura e ao desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

Em relação às pastagens, a região mantém bom vigor e capacidade de suporte, mesmo com as temperaturas mais amenas.

Temperatura

As temperaturas médias devem permanecer próximas às registradas em outubro, com grande parte do país apresentando anomalias positivas entre 0,2°C e 2,0°C acima da média histórica. A exceção fica para o Rio de Janeiro, Espírito Santo e áreas pontuais de Minas Gerais e Santa Catarina, onde os termômetros tendem a marcar valores até 1,0°C abaixo do esperado.

No Norte, Nordeste e Centro-Oeste, as médias devem variar entre 25°C e 30°C.

No Sudeste, espera-se uma elevação das temperaturas, com valores entre 20°C e 25°C. Já no Sul, embora as temperaturas também apresentem aumento em relação ao mês anterior, a região seguirá registrando os menores valores do país, variando de 15°C a 25°C.

Figura 1.
Mapa de precipitação total prevista para novembro (mm).

Fonte: INMET

Figura 2.
Mapa de anomalias de precipitação prevista para novembro (mm).

Fonte: INMET

Figura 3.
Mapa de temperatura média prevista para novembro (°C).

Fonte: INMET

Figura 4.
Mapa de anomalias de temperaturas prevista para novembro (°C).

Fonte: INMET

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