Previsão indica chuvas fracas e irregulares na maior parte do país, com destaque para a persistência da seca em áreas do Nordeste e Centro-Oeste; condição que favorece o andamento da colheita, mas limita o desenvolvimento de culturas de inverno e intensifica a perda de vigor das pastagens.
Foto: Bela Magrela
As precipitações estarão espalhadas pelo Norte do país, mas de forma irregular e com baixos volumes.
A exceção será Roraima e Amapá, onde são esperadas chuvas em todo o estado, com acumulados de até 75mm e 35mm, respectivamente.
No Amazonas, Pará e Acre, os volumes previstos variam entre ausência de chuva e 25mm, com precipitações pontuais e fracas.
Rondônia e Tocantins passarão a semana sem presença de chuva.
Esse cenário reforça a estiagem nas principais praças pecuárias do Norte, o que tende a intensificar a perda de vigor nas pastagens.
As precipitações seguirão concentradas na Zona da Mata e no Agreste, porém com chuvas leves, dentro da média para o período, variando entre 5mm e 30mm. Chuvas isoladas no Noroeste do Maranhão também estão previstas.
Nas demais áreas do Sertão e do Meio-Norte, o tempo deve permanecer seco, o que é típico para esta época do ano. Precipitações isoladas podem acontecer, mas não superam os 5mm.
Os volumes previstos estão dentro da média histórica para o período e favorecem a colheita do algodão e do milho na região, que está na reta final.
Em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, o tempo deve seguir seco, sem registro de chuvas.
Apesar da ausência de precipitação, o cenário deve ficar dentro da normalidade (sem estresse hídrico severo).
Com isso, a colheita do algodão e do milho da segunda safra, que estão atrasadas nos estados em relação à média dos últimos cinco anos, podem avançar sem prejuízos.
A semeadura do trigo já finalizou na região, contudo, a ausência de chuva pode atrapalhar o desenvolvimento da cultura em terras de sequeiro.
Sul de São Paulo, Rio de Janeiro e o extremo Sul de Minas Gerais podem registrar acumulados de até 25mm, enquanto, no Espírito Santo e nas demais áreas de São Paulo e Minas Gerais, o tempo deve seguir predominantemente seco. Apesar disso, as precipitações ficarão dentro do esperado para o período.
Em São Paulo, as chuvas concentradas no Sul – região com maior volume de lavouras de trigo no estado – favorecerão o desenvolvimento da cultura, que já foi semeada em todo o território paulista. Já a ausência de chuva nas áreas mais ao Norte contribuirá para o avanço da colheita do milho da segunda safra, que está atrasada em relação à média dos últimos cinco anos.
Em Minas Gerais, a ausência de chuvas favorecerá o andamento da colheita do algodão, do milho da segunda safra e do trigo, cuja colheita já foi iniciada no estado.
Sem registro de anomalias de precipitação, a região Sul do país terá chuvas ao longo da semana em todos os estados, com volumes semelhantes entre si. Os acumulados variarão entre 15 e 30mm.
Esse cenário será positivo para o desenvolvimento do trigo, já que as chuvas não ocorrerão em excesso. No entanto, poderão dificultar os trabalhos no campo para os produtores que ainda não finalizaram a semeadura em Santa Catarina ou a colheita do milho da segunda safra no Paraná.
Figura 1.
Mapa de precipitação total prevista de 11/8/2025 até 17/8/2025 (mm).
Fonte: NOAA
Figura 2
Mapa de anomalias de precipitação prevista de 11/8/2025 até 17/8/2025 (mm).
Fonte: NOAA
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