Na parcial de agosto, com um quilo de carne bovina foi possível adquirir 2,74 quilos de carne de frango, queda de 1,7% em relação a julho. Apesar do recuo, esse foi o segundo maior patamar do ano, atrás apenas de junho e julho, quando o indicador chegou a 2,79 quilos, em ambos os meses.
Fonte: Freepik
Artigo originalmente publicado no Broadcast Agro, da Agência Estado.
O preço da carne do dianteiro bovino caiu em agosto na comparação feita mês a mês.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na parcial de agosto, a cotação média está em R$18,00 por quilo, queda de 2,7% em relação a julho.
Com a desvalorização, o dianteiro ganhou competitividade frente à carne de frango na comparação feita mês a mês.
No mercado atacadista, a cotação do frango inteiro, em igual comparação caiu 1,1%, estando cotada, em média, em R$6,57 por quilo, o menor preço registrado em 2025.
A cotação da carne de frango vem caindo desde maio, quando foi notificado o primeiro caso de gripe aviária em granja comercial no Brasil. Desde então, a China, principal importadora, suspendeu a compra.
Cabe destacar, porém, que a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) já declarou o país livre da doença, e a expectativa é de que os embarques sejam retomados. Por ora, de janeiro a julho, os embarques da carne frango brasileira estão 2,5% menores que em igual período do ano passado.
Quando dividimos o preço da carne bovina pelo preço da carne de frango, obtemos um número que representa a competitividade, ou seja, representa o quanto o preço de um quilo de dianteiro bovino compra de frango inteiro resfriado.
Na parcial de agosto, com um quilo de carne bovina foi possível adquirir 2,74 quilos de carne de frango, queda de 1,7% em relação a julho. Apesar do recuo, esse foi o segundo maior patamar do ano, atrás apenas do de junho e julho, quando o indicador chegou em 2,79 quilos, em ambos os meses, veja na figura 1.
Figura 1.
Competitividade média mensal entre as carnes bovina e de frango.
*até 22/8
Fonte: Scot Consultoria
Apesar do cenário favorável à carne bovina em agosto, esse patamar está acima da média do último ano, que foi de 2,45 quilos.
Figura 2.
Taxa de desocupação (%), no eixo da esquerda, e rendimento (R$) médio per capita, no eixo da direita, no Brasil.
Fonte: IBGE / Elaboração: Scot Consultoria
Indicadores macroeconômicos, como a taxa de desocupação e o rendimento médio per capita (figura 2), somado a uma diminuição de encargos tributários no segundo semestre, indicam trajetória positiva para a demanda de carne bovina no mercado interno, já que a população está mais capitalizada.
Engenheiro agrônomo, formado na Esalq/USP, Piracicaba/SP. Fundador e CEO da Scot Consultoria. Atua na área de ciências agrárias, análises e consultoria de mercados agropecuários. É analista e consultor de mercado, com atuação nas áreas de pecuária de corte, leite, grãos e insumos agropecuários. É palestrante, facilitador e moderador de eventos conectados ao agronegócio. Atuou como Membro de Conselho Consultivo de empresas do setor e dirige as ações gerais da Scot Consultoria.
Zootecnista, formada pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista, campus de Jaboticabal (FCAV/UNESP), com MBA em Gestão de Negócios pela Pecege USP/Esalq. Atua na área de ciências agrárias, análises e consultoria de mercados agropecuários. Analista de mercado, com atuação nas áreas de pecuária de corte, leite, frango, suínos, grãos e insumos agropecuários. É editora-chefe da área de pecuária de leite. Elabora textos e artigos para publicações da Scot Consultoria e revistas e mídias conceituadas do setor. Ministra palestras e treinamentos nas áreas de mercado de leite, boi gordo, grãos e assuntos relacionados à agropecuária em geral.
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