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Scot Consultoria

Uma geração perdida


Terça-feira, 16 de outubro de 2012 - 17h48

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Realiza-se, nesta época, a Reunião Anual do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional, com o objetivo de discutir as perspectivas econômicas para o mundo nos próximos doze meses.


O quadro internacional continua muito complicado. Pelo 5º ano consecutivo, a discussão está centrada na crise iniciada em 2007 com a questão do subprime norte-americano, seguida por uma crise profunda na Zona do Euro, que, eventualmente, contará com o desligamento do Reino Unido da União Europeia, se esta aprofundar o nível de sua integração econômica. O resultado dessas crises é a existência de milhares de pessoas desempregadas, que jamais conseguirão recuperar-se ou encaixar-se no mercado de trabalho.


O mais surpreendente, no entanto, é que passados tantos anos, ainda não se encontrou a forma de resolver efetivamente os problemas. Existe, particularmente, o enorme drama dos governos, que não têm a coragem de tomar as medidas necessárias para solucionar os problemas existentes, apesar de contarem com mecanismos muito mais efetivos que a crise de 1929. O resultado é um dano de enormes proporções - insolúvel e atemorizante. E quem pagará a conta por isso serão as próximas gerações.


De fato, pode-se afirmar que a atual geração perdeu, completamente, a luta. Os baby boomers, criados num cenário mundial mais positivo, acomodaram-se a determinados benefícios e se esqueceram do contrato de gerações, existente desde que a humanidade se conhece como civilizada, que é a obrigação, natural e inexorável, de legar um mundo melhor às futuras gerações.


Por esse motivo, fica cada vez mais necessário que as novas gerações assumam, o mais rápido possível, o papel de atores ativos na política, pois ficará em suas mãos a bomba ativada pelos baby boomers de uma prosperidade sacrificada diante do altar do consumismo, falta de liderança e irresponsabilidade no trato dos valores da humanidade.


Jovens, o seu futuro chegou mais cedo e a sua inocência está perdida. Este é o legado de seus pais, infelizmente. É hora de vocês começarem a construir algo efetivo e melhor, o mais rápido possível. Esta é a mensagem que a Reunião Anual do Banco Mundial e FMI, em Tóquio, parecem querer dar ao mundo. Os ouvidos estão abertos? Estão prontos para o desafio?


Por Marcus Vinícius de Freitas



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