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Segunda-feira, 17 de setembro de 2012 - 12h01

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


O Fed anunciou nesta quinta-feira sua terceira rodada agressiva de expansão monetária, o QE3. O banco central americano vai comprar US$40 bilhões por mês adicionais em ativos hipotecários, além de prolongar as taxas de juros nulas até 2015. Se o emprego não reagir a contento, o Fed poderá comprar montantes ilimitados desses ativos. Os mercados financeiros celebraram.


Mark Twain dizia que a história pode não se repetir, mas com frequência ela rima. Já Marx pensava que a história se repete, a primeira vez como tragédia, depois como farsa. Nós já vimos essa história antes. Mas, para quem tem somente um martelo, tudo se parece com pregos. Bernanke só conhece um instrumento, e parece disposto a usá-lo no limite da irresponsabilidade.


Quando foi que ficamos loucos a ponto de acreditar que basta criar montes de dinheiro do nada para colocar a economia em rota de crescimento sustentável? Perguntem aos alemães, que viveram na República de Weimar, se isso é possível. Perguntem aos miseráveis no Zimbábue de Mugabe. Perguntem a nós brasileiros! Aprendemos com a história que poucos aprendem com a história.


Bernanke fez o QE1, o QE2, a Operação Twist, e agora o QE3. A economia segue patinando, o desemprego continua elevado, e o preço das commodities sobe. Quando o Long Term Capital quebrou em 1998, o Fed liderou uma operação de resgate que demandou pouco mais de US$3 bilhões. Era o começo do moral hazard que causa estragos até hoje. A diferença é que, desta vez, falamos em bilhões como se fossem troco de feira.


Qual será o tamanho do próximo pacote? Qual o limite que o Fed topa chegar? Até a completa perda de confiança no dólar como reserva de valor? Bernanke diz estar confiante de sua estratégia de saída para seus estímulos. Bom, ele também garantia lá atrás que o subprime não viraria crise sistêmica, e depois que suas medidas resolveriam o problema. Alguém ainda acredita nele?


Por Rodrigo Constantino



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