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Scot Consultoria

Produção de frango brasileiro sobe para atender à demanda


Terça-feira, 14 de agosto de 2012 - 12h59


Entre 2006 e 2011, o Brasil era o terceiro produtor mundial de carne de frango, sendo responsável por 15% do comércio global. Os Estados Unidos e a China responderam, respectivamente, por 22% e 16% da produção durante o mesmo período.


O Brasil é um dos principais produtores e exportadores de carne de frango. De acordo com a União Brasileira de Avicultura (UBA), a avicultura nacional produziu, em 2011, treze milhões de toneladas, volume 18,2% maior em relação a 2007, ano em que, a produção de 11 milhões de toneladas  foi recorde.


A produção brasileira cresceu 38% entre 2006 e 2011, em resposta à forte demanda atribuída ao aumento da renda per capita nacional, à competitividade do preço da carne de frango em comparação com a carne bovina, à maior demanda por alimentos industrializados congelados e à maior demanda por frango brasileiro na China e em Hong Kong.


A carne de frango se consolida como principal proteína animal consumida pela população brasileira. Segundo a CONAB, o consumo deve crescer 3,37% (mais 301,8 mil toneladas) e atingir 9,264 milhões de toneladas em 2012. O consumo per capita de carne de frango, que superou o de carne bovina a partir de 2008, está estimado, neste ano, em 47,1 quilos por habitante/ano. O consumo interno representa 70% da produção nacional.


Uma comparação entre os dados de custo de produção para frangos de corte em 2011 mostrou pequena diferença entre o Brasil e os Estados Unidos, principalmente por causa dos custos da alimentação, o componente mais importante do custo total na produção de aves. Apesar dos crescentes custos com a alimentação, estes países são os produtores de carne de frango mais eficientes e com menor custo entre os principais produtores, realçando sua competitividade.


O custo crescente com alimentação está no milho e na soja, dois dos principais motores das exportações agrícolas americanas. De acordo com dados do Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), 88% do milho americano são cultivados em áreas atualmente afetadas pela seca que acomete o país. Atualmente, 38% da colheita americana de milho e 30% de colheita de soja se encontram em péssimas condições.


No início de agosto, membros de cooperativas da agroindústria avícola se reuniram em Brasília com o Ministério da Agricultura para debater a iminente crise avícola. Ela é consequência, basicamente, do elevado custo de insumos, como farelo de soja e o milho, que tem provocado um aumento crescente do preço da ração por causa da seca no Sul do Brasil e nos Estados Unidos.


Fonte: The Poultry Site. 8 de agosto de 2012.


Traduzido, comentado e adaptado por Pamela Alves, zootecnista e consultora da Scot Consultoria. Colaborou Paola Jurca, analista júnior da Scot Consultoria.



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