Engenheiro agrônomo formado pela Esalq – USP e consultor agropecuário.
Os búfalos alteram as condições do ecossistema da região onde estão habitando, chegando a comprometer a vida dos habitantes. Como são animais de grande porte e há necessidade de grande espaço geográfico para que acessem os alimentos, naturalmente comprometem a agricultura e outras atividades econômicas desenvolvidas pelos ribeirinhos situados às margens dos rios.
A ação predatória dos búfalos ameaça também os animais de outras espécies porque altera o meio ambiente.
Inclusive, às vezes alteram o curso dos rios. São problemas diversos que a criação desses animais de forma desordenada implica para o ecossistema de modo geral.
Em alguns municípios como Mazagão, por exemplo, os animais ameaçam a produção agrícola.
A bubalinocultura é tão extensiva do estado que na maioria das vezes as fazendas não costumam sequer terem cercas e os animais são criados soltos, as cercas só são feitas em áreas urbanas. Dessa forma, o rebanho avança em busca de melhores pastos.
Figura 1.
Cerca para criação de búfalos em área urbana no interior do Amapá.
Fonte: Rogério Banin
Na pecuária do Amapá, o rebanho de búfalos já é três vezes maior do que o bovino. Porém, a quantidade não é proporcional à qualidade do manejo dos animais e da pastagem.
A criação desordenada tem causado prejuízos ambientais em diversos municípios.
O Conselho Estadual do Meio Ambiente (COEMA) chegou a discutir esse assunto durante reunião e recomenda que a Embrapa / AP crie técnicas para o manejo sustentável.
Já a Embrapa para atender a solicitação, precisa de informações zootécnicas e estas ora são escassas ora inexistentes.
Nós técnicos estamos trabalhando para dar embasamento ao produtor rural que permitam uma bovinocultura sustentável no estado.
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