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Plantio de florestas aumenta renda do produtor


Segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011 - 09h57

Cultivar eucalipto ou pinus remunera melhor e contribui para o sequestro de gases de efeito estufa. Ministério apoia setor com linhas de financiamento. O plantio de florestas comerciais é uma atividade incentivada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para promover o aumento da renda do agricultor e a sustentabilidade. Ao optar pelo cultivo de pinus ou eucalipto, o produtor tem a oportunidade de atender à crescente demanda dos setores madeireiro, moveleiro, energético e de celulose, contribui para o desenvolvimento sustentável da agricultura. O Ministério da Agricultura apoia o produtor de florestas comerciais mediante a concessão de crédito. A principal linha de financiamento que atende ao setor é o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora), com recursos de R$ 150 milhões nesta safra. “O agricultor poderá produzir floresta comercial de forma direta ou integrada a outros sistemas de produção sustentáveis. Dessa forma, poderá utilizar as linhas de crédito do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC)”, destaca o coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do Ministério da Agricultura, Elvison Ramos. O Programa ABC, que dispõe de R$ 2 bilhões, é uma das principais ações adotadas pelo Ministério da Agricultura para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. O governo oferece financiamento a produtores rurais e promove estudos por meio da Embrapa. Além disso, capacita profissionais para facilitar a difusão de práticas como plantio direto na palha, fixação biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Todas essas técnicas contribuem para a conservação das áreas de produção. A intenção do governo com o programa é aumentar a área de florestas, até 2020, de seis milhões de hectares para nove milhões de hectares. Isso permitirá a redução da emissão de oito milhões de toneladas a 10 milhões de toneladas de CO2 equivalentes, no período de dez anos. Os produtores do setor de florestas comerciais também podem contar com o Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa). Nesta safra, o Produsa dispõe de R$ 1 bilhão e financia a implementação da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. A técnica é uma das vertentes da chamada “agricultura verde”, que alia aumento da produtividade na fazenda e conservação do meio ambiente. O sistema combina atividades agrícolas realizadas com base no plantio direto na palha, promovendo a recuperação de pastagens em degradação. Negócio A silvicultura (atividade ligada à implantação e regeneração de florestas) no Brasil desenvolveu bases tecnológicas nos últimos 50 anos, com material genético de qualidade e garantia de produtividade. Os investimentos aplicados tornaram a atividade uma das mais produtivas do país, com destaque na balança comercial do agronegócio. Os produtos florestais foram responsáveis, no ano passado, por 12% das exportações do setor, com US$ 9,3 bilhões, o que representa o crescimento de 20% em relação a 2009. Biomassa Em 2010, a utilização da madeira para lenha e carvão foi de quase 30 milhões de toneladas, equivalente a 12% da oferta de energia proveniente da biomassa florestal. O consumo anual de carvão vegetal nas indústrias de aço e de outras ligas metálicas, de baixo custo de produção e processamento, é estimado em seis milhões de toneladas por ano. A preferência pelo carvão deve-se à facilidade de transporte e combustão. O chefe-geral da Embrapa Florestas, Helton Damin da Silva, reforça que a produção agrícola e a preservação ambiental são conciliáveis, considerando o plantio de árvores. Por isso, o centro de pesquisa desenvolve tecnologias e variedades para utilização em áreas degradadas ou sem tradição florestal. “O país possui perto de 65 milhões de áreas subutilizadas e a implantação da agricultura de base florestal é uma alternativa viável”, pondera. Ele avalia que o desafio passa pela transformação da celulose em energia limpa, pois os custos de produção de biomassa ainda são muito elevados. Fonte: MAPA. Por Sophia Gebrim. 7 de fevereiro de 2011.
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