É como um catálogo de loja, mas o produto oferecido é genética. As duas novas variedades já foram colhidas e agora estão sendo multiplicadas na Universidade Federal de São Carlos. Elas são consideradas mais rústicas e produtivas e estão bem adaptadas à colheita mecanizada.
As novas variedades têm nomes mais parecidos com documentos de identidade. É uma sequência de letras e números. Os dois primeiros números, noventa e seis, mostram como o trabalho é longo. Foi o ano do cruzamento das sementes que deram origem às variedades. A pesquisa, de 14 anos, incluiu testes no exterior.
“Os testes foram realizados na Costa Rica, onde a doença já está presente há algum tempo”, disse o pesquisador.
As variedades se mostraram bem resistentes à ferrugem alaranjada. A doença chegou ao país no ano passado. Ela é causada por um fungo, que faz as folhas perderem a capacidade de produzir açúcar. O resultado é a queda na colheita.
Na área de incidência da fazenda, a perda foi de cerca de 20%. O gerente agrícola Adenilson Fernandes fez alguns tratos culturais. Se o talhão não vingar na próxima safra, ele vai trocar a variedade. E as duas novas já poderão ser usadas.
As novas variedades estarão disponíveis para os agricultores em março do ano que vem.
Fonte: Globo Rural. 4 de outubro de 2010.