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Scot Consultoria

Frango ganha espaço nas festas de fim de ano


Segunda-feira, 29 de dezembro de 2014 - 08h26

A chegada das festas de fim de ano faz crescer a procura por carne de aves para a elaboração de receitas tradicionais do Natal e Réveillon. Neste ano, no entanto, o aumento sazonal no consumo de frango conta com uma demanda extra, impulsionada pela disparada dos preços das carnes bovina e suína.


Historicamente, dezembro apresenta um crescimento no consumo em torno de 10,0%, mas, segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), acrescenta-se à busca do frango de granja a procura pelas chamadas aves de Natal, como o peru e o frango especial, o chester. O Paraná já foi um forte criador de aves especiais, mas, ultimamente, a produção se concentra mais em Santa Catarina.


O próprio Sindiavipar esclarece que o aumento no consumo no período natalino é uma relação entre o consumidor e o comércio varejista, praticamente sem interferência de quem cria e de quem abate. "Nós trabalhamos no limite. Cada granja engorda o máximo de aves e não há como ampliar a produção só porque nos aproximamos de um período onde é possível vender mais", destaca o avicultor maringaense Francisco Carlos Munhoz Arroyo. Segundo ele, o aumento no consumo não significa aumento na produção, a não ser em raríssimos casos - não praticados no Paraná - onde os produtores reduzem a quantidade de aves nos criadouros para que elas ganhem mais peso.


A estratégia para que o brasileiro tenha mais frango no Natal e Ano Novo começa pelos frigoríficos, que, geralmente, formam estoques especiais para esta época do ano. "Mas, isto não é tão fácil como pode parecer", esclarece Rodrigo Marmo de Souza, gerente Comercial da Avenorte, de Cianorte, com capacidade para abater até 180 mil aves, por dia. "Geralmente, os frigoríficos querem reservar estoque maior para dezembro, mas a demanda está muito aquecida e tudo que é produzido é comercializado nos meses anteriores e, ultimamente, chegamos a dezembro com estoques semelhante ao dos outros meses", ressalta.


De acordo com Marmo, a procura por frango em dezembro aumenta cerca de 10,0% em relação aos outros meses do ano, porém a produção e a capacidade de abate não têm como aumentar na proporção. "A estratégia, então, é trabalhar com cortes especiais para churrasco, como coxas, asas, coração e moela, que são os pedaços preferidos para as festas", acrescenta.


O diretor da Avenorte estima que, neste Natal, a procura pelo frango poderá ser superior aos dos anos anteriores, porque a ave leva vantagem na briga com os principais concorrentes, o boi e o suíno, que tiveram grande aumento na demanda externa e enfrentam dificuldades para abastecer o mercado interno e, em consequência, os preços dispararam. Na quinta-feira (25/12), nos supermercados de Maringá, um quilo de frango resfriado custava em média R$6,00; o de porco estava, em média, a R$10,00; e o boi dificilmente se encontrava algum corte por menos de R$20,00.


Na previsão da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as tendências normais dos períodos natalinos deverão favorecer ainda mais à procura pelo frango. Como normalmente existe uma elevação natural de, em média, 5,0% nos preços, a partir da segunda quinzena de dezembro, neste ano a diferença é que o boi suba acima desta média, por causa dos problemas de oferta, ao passo que o frango, mesmo atendendo às exportações, terá produto suficiente para atender o mercado interno, o que significa que os preços não devem subir muito.


Fonte: O Diário. 26 de dezembro de 2014.



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