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Ministério da Agricultura tenta aumentar percentual de etanol anidro na gasolina


Sexta-feira, 11 de abril de 2014 - 09h11

O ministro da Agricultura, Neri Geller, afirmou na quinta, dia 10/4, que negocia com Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, o aumento do percentual de etanol anidro na gasolina. Hoje, a mistura tem 25,0% do biocombustível e o mercado estima que seja possível elevar para 27,5%.


A CONAB anunciou na quinta, dia 10/4, suas estimativas para a safra 2014/15. A produção de anidro deve crescer 8,7%. Já a produção de etanol hidratado, aquele que é colocado diretamente no tanque dos veículos, pode recuar 5,6%. Ainda assim, o volume de hidratado será maior do que o anidro na safra que começou em 1º de abril: 12,85 bilhões de litros de anidro e 15,51 bilhões de litros de etanol hidratado, segundo a estatal.


O coordenador-geral de açúcar e etanol do Ministério da Agricultura, Cid Caldas, disse que a política de venda de anidro, por meio de contratos fechados diretamente com as distribuidoras de combustível, explica o crescimento consistente de produção.


- Como o etanol anidro tem de ser contratado pelo distribuidor, isso dá segurança para o produtor - afirmou Caldas.


Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Neri Geller revelou a disposição do governo em evitar um novo aumento da gasolina, sobre a alta de 4,0% já repassada no dia 30 de novembro passado pela Petrobras às refinarias, para a gasolina comum. A decisão atenderia a política do Ministério da Fazenda de tentar segurar a inflação.


A avaliação de parte do governo é de que o aumento da mistura em 2,5 pontos percentuais seria suficiente para levar o setor a reinvestir no aumento da produção de etanol usado direto nos tanques de automóveis. Além de voltar a fazer o etanol ser atraente para consumo na bomba em relação à gasolina.


Mas tudo indica que o embate interno no governo deve levar ao aumento da proporção de álcool na gasolina, um ano depois de o percentual ter sido elevado de 20,0% para 25,0%, tendo em vista a corrente dominante, preocupada com o peso da gasolina na inflação e o efeito que isso pode ter na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff.


Fonte: Estadão Conteúdo. 10 de abril de 2014.



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