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Argentina: liberação de 1,0 milhão de toneladas de trigo só deve ocorrer em março


Terça-feira, 25 de fevereiro de 2014 - 09h16

Os exportadores argentinos ainda não têm nenhuma sinalização do governo sobre quando se pretende liberar os embarques de 1,0 milhão de toneladas de trigo já autorizados para exportação.


A expectativa do mercado é de que a liberação ocorra somente em meados de março, após levantamento completo do volume total produzido pelos produtores.


A estimativa se baseia na data de 28/2, prazo dado pelo governo para que os agricultores informem o estoque de trigo que possuem.


"Até que processem todos os dados, calculamos que só vão liberar lá pelo dia 15/3 e, assim mesmo, não devem soltar todo o volume já autorizado", estimou o analista Jávier Buján, presidente da Kimei Cereais e do centro de corretores da Bolsa de Cereais de Buenos Aires.


O mercado não acredita que o governo tenha intenção de liberar o volume total restante. "A liberação deve ocorrer em cotas, talvez duas de 500 mil toneladas, cada uma", opinou Buján.


Buján disse que a venda do volume prometido pelo ministro de Economia, Axel Kicillof, já está negociada com os moinhos brasileiros. "Só falta colocar a data de embarque, mas no Ministério de Agricultura a informação é de que essa decisão será tomada pelo próprio Kicillof", afirmou o analista.


O ministro só vai decidir quando liberar o trigo após ter processado todas as declarações dos produtores. "Estão com muito medo de que aconteça nesse ano o mesmo que ocorreu no ano passado", comentou o analista Gustavo Lopéz, da consultoria Agritrend.


Em 2013, os produtores e exportadores estimaram volumes de trigo superiores aos que realmente estavam disponíveis. Por isso, faltou cereal para abastecer o mercado doméstico e o preço doméstico do produto chegou a ser o mais caro do mundo.


A grande preocupação dos exportadores é que o governo demore muito para liberar os embarques e o Brasil decida isentar de alíquotas as importações de trigo provenientes de outros países. "Se isso acontecer, vamos ter que competir com outros países pelo mercado brasileiro porque perderemos as vantagens de preços", afirmou Lopéz.


Fonte: Globo Rural. 24 de fevereiro de 2014.



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