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Uso de transgênicos reduz demanda por terras


Sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014 - 09h32

O relatório sobre comercialização de variedades geneticamente modificadas, divulgado na quinta-feira 13/02 pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA), constatou que o uso de biotecnologia além de favorecer a redução das perdas, facilitar o manejo e contribuir para o aumento de produtividade, também diminuiu a demanda por terras em 123,0 milhões de hectares em seis anos.


O período avaliado pelo relatório vai de 1996 (ano em que foi lançada a primeira variedade nos Estados Unidos) e 2012. A área economizada equivale ao tamanho do estado do Pará.


"A biotecnologia é altamente democrática, pode ser usada por todo tipo de produtor e em qualquer região", diz Anderson Galvão, representante da ISAAA no Brasil.


Ainda de acordo com o documento, em 2013 foram plantados 175,3 milhões de hectares de variedades transgênicas em todo o mundo.


O Brasil, que desde 2010 se posiciona no segundo lugar do ranking dos que mais utilizam biotecnologia, cultivou 40,3 milhões de hectares com soja, milho e algodão geneticamente modificado, atrás apenas dos Estados Unidos, que plantou, 70,2 milhões de hectares.


Entre 2012 e 2013, o País registrou aumento de 10,0% na área plantada, com adoção de 92,0% para a soja, 90,0% para o milho e 47,0% para o algodão.


"Os transgênicos permitiram a intensificação da produção global e, principalmente, brasileira, contribuindo para evitar que a agricultura disputasse área com reservas de biodiversidade nos 27 países em que são cultivados", afirma Anderson Galvão, representante do ISAAA no Brasil.


O levantamento do ISAAA aponta que, entre 1996 e 2012, os transgênicos resistentes a insetos (Bt) e a herbicidas evitaram o uso de 497,0 milhões de quilos de princípio ativo de defensivos químicos.


Essa economia foi sentida, sobretudo, nos primeiros anos de cultivo das variedades tolerantes a herbicidas, que tornaram o controle de plantas daninhas mais barato e eficiente.


"Daí a importância da inovação na biotecnologia. A tendência é combinar cada vez mais eventos numa mesma planta. Nos Estados Unidos, por exemplo, já há o cultivo de milho com 8 resistências, 3 a herbicidas e 5 a insetos", diz Galvão.


Em 2014, Ano Internacional da Agricultura Familiar, declarado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), é especialmente relevante a informação de que os benefícios financeiros geraram melhora na qualidade de vida de 18 milhões de agricultores.


"Destes, 16,5 milhões são pequenos produtores que puderam se beneficiar do uso da biotecnologia para produzir alimentos seguros", conclui.


Fonte: Globo Rural. Por Luciana Franco. 13 de fevereiro de 2014.



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