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Brasil deve bater recorde na exportação de milho


Sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013 - 08h33

Uma das características marcantes do mercado mundial de grãos em 2013 será o Brasil fazendo exportações recordes de 22 milhões de toneladas de milho, enquanto a Índia retoma também exportações de trigo.


A avaliação é da FAO, a agencia da ONU para Agricultura e Alimentação, notando que a performance dos dois emergentes vai ajudar no equilíbrio entre oferta e demanda, já que grandes exportadores tradicionais de cereais, especialmente Estados Unidos no caso de milho e Rússia no caso de trigo, vão baixar suas vendas externas.


As perspectivas da produção brasileira de milho levaram a suíça Syngenta, uma das maiores empresas de sementes e agroquímicos do mundo, a planejar investimento der US$77 milhões na expansão de sua produção de sementes em Formosa (GO).


A capacidade anual da fábrica será quadruplicada para 1,6 milhão de sacos de sementes até 2015. A empresa leva em conta que a produção de milho no Brasil pode quase dobrar até 2020, impulsionada pela produção dos setores de suínos e frangos.


No mesmo período, segundo a companhia, o valor do mercado de sementes de milho pode atingir US$2,7 bilhões, com aumento na produção da segunda colheita e maior uso de tecnologia.


Para Syngenta, o Brasil já se encontra entre os três maiores produtores de milho e tem enorme potencial de longo prazo.


Em comunicado nesta quinta-feira (7/2), a FAO prevê agora maior produção de cereais em 2013, estimando colheita de 2.302 milhões de toneladas, 20 milhões a mais do que na projeção de dezembro.


Isso se deve em parte a maior produção de trigo principalmente na União Europeia, onde as condições meteorológicas têm sido favoráveis até agora.


No caso de milho, as primeiras colheitas já se desenvolvem na América do Sul. Na África, as perspectivas também são favoráveis para a colheita que começa em abril/maio.


A expectativa é de aumento no uso total de cereais este ano, refletindo em parte mais consumo na China, Estados Unidos e Rússia.


Os estoques mundiais vão declinar, em parte por causa de menores reservas na China, Índia, Síria, Rússia e Ucrânia no caso de trigo.


Também o comércio mundial de cereais em 2012/2013 deve declinar para 297,5 milhões de toneladas, numa baixa de 6% em relação a 2011/2012, mas ainda assim sendo 2 milhões de toneladas a mais do que a projeção feita em dezembro.


Enquanto a China e o Irã comprarão mais grãos do que inicialmente esperado, vários outros países, como Marrocos e Etiópia, vão importar menos do que antecipado.


O comércio mundial de arroz também tende a cair, por causa de menor demanda de importadores tradicionais como Indonésia e Irã. Do lado dos exportadores, Índia, Vietnã, mas também Brasil e Argentina, venderão menos, segundo a FAO.


Fonte: Valor Econômico. Por Assis Moreira. 7 de fevereiro de 2013.



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