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Socorro à suinocultura não chega a Mato Grosso, diz setor produtivo

Governo anunciou medidas para minimizar impactos da crise na suinocultura.


Os suinocultores de Mato Grosso não se sentiram contemplados com as medidas anunciadas pelo Governo Federal nesta quinta-feira (12/7) para minimizar os impactos provocados pela crise na suinocultura. Ao G1, o presidente da Associação de Criadores de Suínos em Mato Grosso (ACRISMAT), Paulo Lucion, afirmou que o pacote de ajuda só atende aos produtores da região sul do país.

Após o fim da audiência pública, os criadores iniciaram uma manifestação em favor de medidas que contemplem melhor as reinvindicações de todo o país. Ontem o ministro se reuniu com os representantes do setor para acertar os detalhes do pacote de ajuda e ouvir a reinvindicações.

Essas medidas vão amenizar, mas não vão resolver. Os recursos liberados para o Rio Grande do Sul tem que se estender para Mato Grosso. A força política deles é muito forte e nós, que estamos na mesma situação, acabamos em desvantagem, afirma Paulo Lucion.

Entre as medidas constam a liberação de R$200 milhões com taxas de juros de 5,5% ao ano para a aquisição de leitões ao preço de R$3,60/kg, a prorrogação das dívidas de custeio com vencimento ou já vencidas em 2012 para até janeiro de 2013. Dependendo da reação do mercado, o Governo prevê também estabelecer um preço base temporário (até 28 de dezembro deste ano) para a carne suína do Rio Grande do Sul.

Queremos que nossas dívidas sejam alongadas e também que o custeio de matrizes seja extra-teto e não dentro do nosso limite de crédito, frisa Lucion.

A crise

Uma série de fatores contribuiu para a crise no setor da suinocultura. Os custos de produção ficaram maiores do que o de comercialização, trazendo prejuízos. O diretor executivo da ACRISMAT, Custódio Rodrigues, em outra ocasião, explicou ao G1 esta questão. Hoje pagamos R$2,10 para produzir um quilo, vendido a R$1,75, disse.

Este preço elevado de produção foi influenciado, principalmente, pela alta nos preços do milho, o principal alimento para os suínos.

O anúncio do embargo à carne suína brasileira por parte da Rússia e da Argentina agravou a situação no setor. O país europeu era até então, era o principal mercado consumidor do Brasil. Mesmo sendo o principal exportador de carne para a Argentina, o país vizinho restringiu a entrada do produto durante quatro meses, o que contribuiu mais ainda com a crise.

Fonte: G1 MT. Pela Redação. 12 de julho de 2012.

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