• Quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Assine nossa newsletter
Scot Consultoria

Segunda safra de milho ganha relevância no mercado interno

Segunda safra de milho ganha relevância no mercado interno


Com uma previsão de render 27 milhões de toneladas em 2012, a segunda safra de milho já se consolidou e o termo safrinha apenas é lembrado pelas iniciativas feitas há mais de uma década em diversos estados brasileiros, de acordo com a Embrapa. Odacir Klein, presidente-executivo da UBRABIO (União Brasileira do Biodiesel), destaca um "detalhe" inquestionável quando o debate são os investimentos maciços feitos nessa época de plantio. "A produção da safra de verão de milho deverá chegar a 37 milhões de toneladas. Já a da segunda safra chegará a 27 milhões. Temos um consumo interno de 50 milhões de toneladas de milho. Ora, sem a segunda safra, teríamos uma carência de 13 milhões de toneladas do cereal", pontua. Klein acentua que a segunda safra de milho é fundamental para o abastecimento do País e para que sejam criados excedentes exportáveis. Somente no Mato Grosso, principal estado produtor, a produção chegará a 9,4 milhões de toneladas, ultrapassando o Paraná, que deve ficar em nove milhões de toneladas. Mesmo antes de semeado, o milho de segunda safra, que começará a ser plantado após a colheita da soja no Mato Grosso, tem expressiva parcela já vendida. Entre os principais mercados consumidores, destaque para Arábia, Colômbia e Coreia do Sul. Entre as previsões apontadas por Klein, estão: o aumento da demanda por proteínas animais, o crescimento do volume de milho para etanol, aumentos expressivos da produtividade e três situações que deverão ocorrer no mercado internacional: a China aumentará as importações, a Argentina buscará agregar valor ao cereal, transformando o milho em combustível e em ração de aves, e os EUA passarão por um cenário competitivo entre o milho destinado para etanol e a quantidade do cereal que deverá ser destinada às exportações. Liderança Parte dessa conjuntura será comum ao Brasil, na visão do produtor rural e prefeito do Município de Lucas do Rio Verde-MT Marino José Franz. "O Mato Grosso deverá agregar valor ao produto. Temos um potencial muito grande, mas temos também que diversificar nossa produção, viabilizando o segmento de carnes. Essa será a principal maneira de viabilizarmos nosso principal negócio, a agricultura", disse. E em uma situação semelhante aos Estados Unidos, maiores produtores de etanol a partir do milho, Marino destaca que a falta de logística de Mato Grosso levará o estado a investir nessa possibilidade. "Reproduzo aqui uma afirmação do ex-governador Blairo Maggi: iremos produzir etanol a partir do milho", destacou. O prefeito apresentou, em painel sobre o escoamento da produção do milho de segunda safra, dados que colocarão o Estado de Mato Grosso na liderança da produção agrícola. "Mato Grosso é a única região viável para o plantio da segunda safra em escala no mundo", afirmou. A projeção de Marino Franz é que a produção de milho ultrapasse as 16 milhões de toneladas em 2014, com mais 10 milhões de hectares de área sendo incorporados à agricultura provenientes de pastagens. "Não haverá estrada para suportar essa produção. É sete vezes mais em conta transportar frango do que milho. Por isso, o setor de carnes viabilizará nosso principal negócio", antecipou. Diante desse contexto, o prefeito reforçou o crescimento do município proporcionado pela agricultura. De R$106 mil em 1996, o PIB subiu para R$1,3 milhão em 2011. "O próprio Brasil não conhece o potencial do nosso estado. Ou temos opções concretas para melhorias na logística de transporte, com a viabilização de ferrovias para nos ligar ao Pacífico, ou teremos realmente que investir em consumo", frisou. Hoje, o custo do frete de grãos até o porto mais próximo representa mais de 45% do valor obtido pela venda de uma tonelada de grãos. Já em Ponta Grossa, esse valor representa apenas 8%. Orientação O Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (24/11) publicou portarias que indicam os municípios com as melhores condições climáticas para o plantio do milho segunda safra. O estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recomenda o plantio no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Rondônia, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. A segunda safra de milho é cultivada após uma cultura de verão. Conhecida como safrinha, pode ter sua produtividade bastante afetada pelo regime de chuvas e por limitações de radiação solar e de temperatura na fase final de seu ciclo. O zoneamento agrícola identifica os períodos de semeadura de menor risco climático. Fonte: DCI. Pela Redação. 25 de novembro de 2011. << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja