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Proibido a importação de agroquímicos


Segunda-feira, 14 de novembro de 2011 - 12h09

Agora foi a vez dos agroquímicos e fertilizantes. Em meio à preocupação pela pressão sobre o dólar e a importação, na sexta-feira passada o secretário de Comércio Interno, Guillermo Moreno, ordenou as empresas de estes dois setores suspenderem todas as compras no exterior durante esta semana. "Na sexta-feira houve chamadas de Moreno toda a manhã e a ordem foi que não importássemos nada nesta semana", disse uma fonte do setor, acrescentando: "Moreno também nos disse que passado esta semana, em 21/10, ele volta a comunicar-se para dizer-nos quando poderemos voltar a importar." Uma empresa de insumos respondendo a uma pergunta do jornal La Nación, disseram que as palavras do funcionário foram: "Cortem todas as importações até o dia 21/11, pois senão haverá sanções", havia dito Moreno. "Um despachante aduaneiro já havia nos advertido que não seriam realizados negócios", disseram em uma das empresas. Não é a primeira vez que o governo interfere no mercado de fertilizantes e agroquímicos. Há alguns meses, a ministra da Indústria, Debora Giorgi, solicitou à representantes da indústria que aumentassem a produção nacional para compensar as importações destes produtos. "Sabemos a preocupação do governo sobre a importação de fertilizantes, porque para eles é uma questão financeira", disse uma fonte para La Nación. Estima-se que o mercado de fertilizantes este ano chegará a 3,7 milhões de toneladas, semelhante ao recorde em 2007 – cerca de 60% a 65% são produtos importados, especialmente nutrientes a base de fósforo. No ano anterior, toda a produção do mercado de fertilizantes gerou receita de US$1,5 bilhão, de acordo com fontes da indústria. Enquanto isso, o país consome US$2,0 bilhões em agroquímicos. As importações tanto dos produtos finais como da matéria-prima destes totalizam US$1,2 bilhões. A decisão de Moreno contra os fertilizantes acontece em um momento de forte demanda no campo. Com a soja e o milho em pleno plantio, está sendo usado fósforo e na segunda partida fazem-se aplicações de nitrogênio, outro nutriente. "Hoje estamos no pico de retirada de fertilizantes pelos agricultores. Do total distribuído todo o ano, cerca de 25% ocorre durante este mês", disse uma fonte. No entanto, o ataque do funcionário não traria, a princípio, sérios problemas para o campo, já que todo fertilizante que seria necessário para a campanha já foi importado. Disponibilidade até janeiro "Até janeiro há disponibilidade de fertilizantes. Só precisamos importar alguns para soja, mas não é muito", disse ele. "Temos o necessário até janeiro", concordou outra fonte do setor. Outro executivo disse que, há cerca de vinte dias a alfândega começou a aplicar tarja vermelha para determinados fertilizantes, criando atrasos para a entrada da mercadoria no país e também representa aumento de custos para as empresas. Se no caso dos fertilizantes já se tem tudo o necessário para a safra, a situação seria diferente para os agrotóxicos. De acordo com informações fornecidas à La Nación, neste caso há necessidade de importar cerca de 30% dos produtos, tais como inseticidas e fungicidas. "Até fevereiro estamos cobertos com os agroquímicos", disse um empresário. Fertilizantes importados - 60% É o percentual de consumo de produto que é importado, mais que 3,7 milhões de toneladas anuais. US$1,2 bilhões É o valor das importações de agroquímicos em um ano. Fonte: La Nación. Por Fernando Bertello. 14 de novembro de 2011.
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