Segundo reportagem públicada pelo Infomoney, a empresa BrasilAgro começou a ser negociada na BM&Bovespa em 2006, quando captou R$580milhões.
O diretor da empresa, Júlio Piza, disse em entrevista que a maturação da empresa foi atingida na safra 2012/2013, onde 20% do portifólio da empresa está pronto para ser vendido.
Entre julho de 2011 até maio de 2013 a empresa vendeu em torno de 15% de seu portifólio avaliado em 2012 em R$885 milhões. Foram três vendas, Fazenda Horizontina no Maranhão, por R$75milhões, Fazenda Cremaq, no Piauí, por R$42,1milhões, e Fazenda Araucária, em Goiás, por R$11,7 milhões, totalizando R$128,8 milhões.
Segundo Piza, o negócio da BrasilAgro é comprar terra, colocar infraestrutura, internet, casa, e quando não há mais nada a ser feito na propriedade chega o momento de vender. Em média isso leva de 5 a 6 anos.
De acordo com a matéria, a empresa dever vender e compra mais a partir de agora.
A estratégia visa aumentar a liquidez do papel. No início as ações da empresa registravam volume financeiro de R$ 20 mil a R$ 30 mil, em abril, o giro médio diário foi de R$500 mil.
Segundo Piza a dois anos atrás a empresa tinha prejuízo e despesas administrativas enormes comparadas com as receitas, mas isso mudou agora. Em 2007, a empresa plantou 20 mil hectares, em 2012/13 foram 72 mil hectares plantados. Esse aumento gerou fluxo de caixa que já paga as despesas da empresa.
Hoje, 39,6% das ações da empresa são do seu controlador Credsud, que administra 1 milhão de hectares na América do Sul. As demais estão livremente negociadas na bolsa. O fundo JPMorgan Whitefriars, o empresário Elie Horn e o Banco Fator detêm 10,5%, 5,6% e 5,3% dos papéis respectivamente.
Piza enfatizou que o maior valor da empresa é a terra, que é tratada como um produto, não como um ativo.
Desde o início das operações, a empresa construiu mais de 1,3 mil quilômetros de estradas internas, 75 quilôetros de ramais de energia e 19 mil metros quadrados de armazéns, alojamentos, refeitórios, casas e escolas, o que permitirá desconcentração das propriedades rurais, em áreas remotas, hoje ocupadas por grandes grupos empresáriais.
O foco da empresa são regiões de fronteiras que não estejam tão desenvolvidas.
Fonte: Infomoney
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