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Scot Consultoria

América Latina apóia criação de órgão para erradicação mundial da febre aftosa


Segunda-feira, 21 de novembro de 2011 - 09h28

Francisco Muzio, diretor dos Serviços de Pecuária no Uruguai, participou recentemente de uma reunião para discussão da febre aftosa, organizada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês), relatando, em seguida, sobre o tema. Esta reunião é de importância crítica para o futuro da febre aftosa. A idéia, que será apresentada na próxima conferência internacional em junho de 2012, é de uma iniciativa global para que haja avanços nos países que possuem um tráfego endêmico do vírus, coordenação de planos de abrangência continental, como o que existe na América Latina, assistência econômica e cooperação técnica para países onde não existem avanços significativos. É uma iniciativa da OIE com a Organização para Agricultura e Alimentação (FAO, sigla em inglês). Já existem discussões anteriores sobre este assunto na conferência ocorrida no Paraguai em 2009. Durante a Assembléia Geral da OIE em maio, a Comissão Veterinária Permanente colocou que a situação em 2011 não caminha bem, visto a descoberta de casos de aftosa no Japão, Coréia o Sul, Israel e Paraguai. A situação traduz a necessidade da criação de uma organização de atuação internacional que trabalhe em conjunto com os países. A febre aftosa é um problema mundial que afeta a quase todos os continentes. À nível local, a doença reduz o lucro dos produtores e a disponibilidade de carne para o consumo. À nível nacional, a febre aftosa reduz o crescimento econômico da pecuária e limita o acesso ao mercado internacional. A erradicação da febre aftosa à nível mundial é difícil devido ás restrições financeiras de alguns países. Além das perdas financeiras, existem os custos com o abate sanitário, desinfecção e controle do surto. A credibilidade sanitária do país fica comprometida. A América Latina possui um programa, iniciado em 1988, que apresentou bons resultados. Ainda que o vírus não esteja erradicado na região, os progressos são claramente notáveis. O Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa na América do Sul (PHEFA) objetivou a erradicação da febre aftosa no continente até 2009. O controle da febre aftosa é extremamente importante nas América do Sul devido a importância na produção bovina e suína para o abastecimento mundial. A febre aftosa é bem conhecida do ponto de vista epidemiológico. Existem algumas cepas variantes, mas as diferenças não são substanciais. Assistência veterinária qualificada é outro ponto importante para prosseguir com o programa de erradicação. Todos esses pontos são parte de uma estratégia global sob coordenação da OIE e da FAO. Para atender à demanda do mercado internacional e continuar crescendo com competitividade e credibilidade, o país produtor precisa se manter livre de doenças com forte impacto econômico, como a febre aftosa. No Brasil, a segunda etapa da campanha nacional se iniciou em 01 de novembro. O objetivo do Ministério da Agricultura é proteger todo o rebanho brasileiro, 205 milhões de animais (exceto o estado de Santa Catarina), ao longo deste ano e superar o índice de cobertura vacinal de 2010, que foi de 97,4%. Essas medidas contribuirão com o avanço no status sanitário. A meta é transformar todo o território brasileiro livre de aftosa até o ano de 2013. Fonte: Beef World Report. Por Rafael Tardáguila. 2 de novembro de 2011. Traduzido, adaptado e comentado por Pamela Alves, analista júnior da Scot Consultoria.
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