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E como andam as exportações canadenses?


Segunda-feira, 8 de agosto de 2011 - 09h12

As exportações de carne bovina canadense renderam quase US$2 bilhões em 2010, com 31% das vendas destinadas aos Estados Unidos. Ainda que os Estados Unidos sejam responsáveis por absorver aproximadamente um terço da exportação de carne bovina canadense, o valor importado está longe do atingido em 2002, US$1,7 bilhão. Desde 2006, os Estados Unidos não atingem a marca de um bilhão de dólares em importações do Canadá. Apesar de anualmente as vendas de carne bovina canadense para os EUA estarem aumentando, números do governo americano mostram que nos primeiros cinco meses deste ano houve queda de 25% na importação, comparada ao mesmo período de 2010. Exportações escassas podem ser explicadas pelo fato de que o rebanho estar menor no Canadá. O rebanho diminuiu 20% desde 2005 e, paralelamente, os custos com a alimentação animal subiram. “Estamos nos beneficiando mais por causa da moeda” diz Pat Binger, vice-presidente da divisão de vendas internacionais da empresa americana Cargill, que também opera no Canadá. Assumindo que não haverá restrições de importação, “a carne fluirá para onde estiver o preço mais alto”, disse Kevin Grier, analista sênior de mercado no Centro George Morris. O acesso total para alguns produtos de carne bovina e o gado ainda é um problema em alguns países, mesmo oito anos depois da ocorrência da encefalopatia espongiforme bovina (mal da vaca louca). A Coréia do Sul, através de um acordo feito com o Canadá no fim de junho, reabriu seu mercado para a carne bovina canadense vinda de animais com idade inferior a 30 meses. O país asiático baniu as importações de carne bovina do país oito anos atrás em decorrência da vaca louca, onde o primeiro foco foi descoberto em uma fazenda em Alberta, em 2003. Bovinos abaixo dos 30 meses têm um menor risco de contrair a doença. Antes do embargo, a Coréia do Sul era o quarto maior cliente do Canadá. Eles podem alcançar essa posição novamente com a reabertura do mercado. Os exportadores canadenses não estão mais trabalhando com medo da vaca louca. Países que antes embargaram o produto estão reabrindo as importações, ainda que limitadas. Depois dos Estados Unidos, México, Hong Kong, Japão e Rússia completam os cinco principais mercados para a carne bovina canadense. A demanda mundial crescente por alimentos, por um lado injeta otimismo na pecuária, mas, por outro, tem alavancado os preços dos grãos utilizados na alimentação do gado. E com um alto custo dos insumos, os criadores podem optar por deixar a pecuária para se dedicarem a outras atividades, como a produção de grãos. Fonte: Jornal The Canadian Press. Por Will Campbell. 4 de agosto de 2011.
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