Mercado aquecido para os produtos lácteos

Com o consumo aquecido e redução na captação de matéria prima, os preços dos lácteos subiram no atacado e varejo em abril. A começar pelo leite longa vida (UHT). O produto ficou, em média, 4% mais caro no atacado na comparação com março. No varejo a alta foi de 6% no período. Desde o início do ano os preços subiram 10% para o consumidor. O preço atual do leite UHT, R$2,18/litro, é 4% maior do que o vigente em igual período do ano passado. Em função dos preços altos do leite longa vida, o varejo trabalha atualmente com uma margem menor de comercialização em relação à indústria afim de não prejudicar o consumo. Em abril, a diferença entre os preços na ponta final da cadeia e no atacado foi de 14%, contra aproximadamente 20% no início do ano. O longa vida em alta acaba puxando os preços dos leites pasteurizados. No varejo, o leite pasteurizado (garrafa) subiu 6,0% (tipo B) e 3,6% (tipo C). Os queijos e manteigas também ficaram mais caros em relação a março. Especificamente para os queijos, além da maior concorrência entre as indústrias pela captação de leite, a proximidade com o período frio do ano faz crescer a procura por este tipo de produto. Em curto prazo a expectativa é de alta para os lácteos. Além da queda na produção com a proximidade da entressafra, o preço do leite deve aumentar para o produtor em função dos custos maiores este ano e esta alta deve ser repassada ao consumidor.
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