• Sexta-feira, 27 de junho de 2025
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Sete tipos de bonificações que pecuaristas do MS podem receber pelo gado

Na rota do Confina Brasil, nossa equipe chega ao Mato Grosso do Sul e mostra uma pecuária que se beneficia de diferentes tipos de bonificações.


Foto: Bela Magrela

Foto: Bela Magrela


O Mato Grosso do Sul tem se destacado no cenário da pecuária nacional. A qualidade dos bovinos no estado é resultado de práticas avançadas, com foco especial em melhoramento genético.

Para incentivar ainda mais pecuaristas sul-mato-grossenses a entregarem à indústria gado de qualidade, com padronização, elevado rendimento ou ainda produtos específicos, como carnes premium, orgânicas ou de determinada raça, iniciativas públicas e privadas criaram programas de bonificação.

Aqui, destacamos alguns dos principais programas de bonificação disponíveis para os pecuaristas do MS. Cada um dos programas utiliza critérios próprios de pagamento, mas o certo é que as propriedades que se encaixam em um ou mais desses protocolos se beneficiam com a entrega de gado de qualidade. 

1. Programa Novilho Precoce MS

O Programa Novilho Precoce MS é uma iniciativa do governo estadual que visa incentivar a produção de bovinos de alta qualidade, abatidos jovens.

Ele oferece bonificações para pecuaristas que conseguem entregar animais que atendem aos critérios de idade, peso e qualidade de carcaça. O objetivo é aumentar a produtividade e melhorar a qualidade da carne produzida no estado. 

2. Protocolo 1953 Friboi

O Protocolo 1953 Friboi é uma iniciativa da Friboi que oferece uma bonificação por arroba para novilhas que atendem aos critérios de qualidade estabelecidos.

Ele valoriza a rastreabilidade e a padronização das carcaças, além de incentivar o uso de raças britânicas ou seus cruzamentos. Para participar, os pecuaristas devem cumprir requisitos específicos quanto à idade, peso e acabamento das carcaças.


Foto por: Bela Magrela

3. Protocolo Sinal Verde

O Protocolo Sinal Verde é um programa que incentiva práticas de manejo sustentável e a preservação da biodiversidade do Pantanal.

Os pecuaristas que aderem a ele recebem bonificações por produzirem carne de maneira ambientalmente responsável. O programa também promove a padronização das carcaças e a tipificação do abate. 

4. Cota Hilton

A Cota Hilton é um acordo que permite a exportação de carne bovina de alta qualidade para a União Europeia. Para se qualificar, os pecuaristas devem atender a rigorosos critérios de qualidade, incluindo idade, peso e acabamento das carcaças.

A adesão a este programa pode proporcionar um valor agregado significativo ao gado, além de abrir mercados internacionais. 

5. Boi China

Como o próprio nome já indica, o "Boi China" segue critérios estabelecidos pela China para que a carne possa ser importada ao país asiático. O principal critério tem a ver com a idade do bovino: ele precisa ser jovem, com, no máximo, 30 meses de vida, já que até essa idade a doença da vaca louca não se manifesta nos animais.

Os rebanhos de Boi China podem ser de qualquer raça e devem seguir as normas e regras estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de estarem sob o Sistema de Inspeção Federal (SIF). 

6. Programa Pantanal Sustentável

O Programa Pantanal Sustentável incentiva a produção de carne de maneira sustentável, preservando a biodiversidade do Pantanal.

Os pecuaristas que aderem a este programa recebem bonificações por implementarem práticas de manejo que minimizam o impacto ambiental. Este programa é uma excelente oportunidade para aqueles que buscam aliar produção e sustentabilidade.

7. Protocolo Carne Orgânica e Sustentável do Pantanal

Os pecuaristas que aderem a este protocolo recebem bonificações por seguirem práticas de manejo que preservam o meio ambiente e garantem a produção de carne de alta qualidade. 

Confina Brasil confere a adesão a alguns dos programas de bonificação.

Algumas das fazendas visitadas pela expedição pecuária Confina Brasil no Mato Grosso do Sul aderiram a esses protocolos, se beneficiando do valor agregado para o seu gado. 

Na Agropecuária Maragogipe, situada em Itaquiraí, por exemplo, destaca-se o melhoramento genético de ponta com a participação no programa DeltaGen, que foca no desenvolvimento de bovinos Puros de Origem (PO) Nelore e Angus F1. 

O foco está na criação de animais CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção), que são rigorosamente avaliados e selecionados de acordo com critérios do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O processo envolve testes comparativos entre bovinos que identificam aqueles que se destacam em termos de produtividade e qualidade genética. O certificado ajuda pecuaristas a selecionar reprodutores superiores, contribuindo para o avanço genético do rebanho nacional e a melhoria da produção de carne bovina no país. 

Os manejos adotados permitem abates precoces, por volta dos 13 meses, o que é muito desejado, já que o estado do Mato Grosso do Sul oferece bonificações aos produtores que entregam novilhos precoces aos frigoríficos. 

A Unidade Serrinha, do Grupo Jotabasso, iniciou suas atividades em 2023 e se destaca pelo alto padrão do gado confinado, mesmo com 80,0% da reposição proveniente da compra de terceiros. A qualidade dos bovinos permite ao Grupo participar de programas como Novilho Precoce de Mato Grosso do Sul, abatendo animais com cerca de 20 meses e atingindo rendimento de carcaça acima da média do estado. Além disso, os bovinos cumprem os critérios da Cota Hilton, possibilitando a exportação para a Europa.


Foto por: Bela Magrela

Outra novata é a Fazenda Santa Maria, pertencente ao Grupo CFL Agro, confinando há um ano. Destaca-se pelo avanço tecnológico e pela gestão inovadora, sendo que já alcançaram importantes bonificações de programas de sustentabilidade e qualidade. 

Participam, por exemplo, do programa Pantanal Sustentável, que incentiva práticas de manejo que preservam a biodiversidade do bioma, garantindo a produção de carne de maneira ambientalmente responsável e que oferece bonificações para bovinos criados na região. 

Também, fazem parte do Pacto Sinal Verde, um protocolo cujo objetivo principal é padronizar as carcaças bovinas e garantir que a longo prazo seja possível atingir a meta de 100% do abate classificado, promovendo uma produção sustentável e fidelizando novos mercados; e também do Programa 1953 da Friboi, que requer a rastreabilidade do gado e o cumprimento de critérios específicos, incluindo a predominância de raças britânicas ou cruzamentos. 

Acompanhe a cobertura completa da expedição através das mídias do Confina Brasil: acesse nosso Instagram, TikTok e site oficial

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