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Scot Consultoria

Cotas da UE desanimam Brasil


Segunda-feira, 5 de dezembro de 2005 - 11h53

As últimas negociações sobre cotas e tarifas de importação na Organização Mundial do Comércio (OMC) não atingiram o objetivo do Brasil. O problema encontrado foi a falta de cooperação por parte da União Européia (UE). O Brasil, como maior exportador de carne bovina do mundo, tem grandes interesses de aumentar suas cotas de exportação para a UE. Entretanto temos atualmente apenas 80 mil toneladas garantidas, do total de 150 mil toneladas oferecidas como cota pela UE. A UE importa 268 mil toneladas de carne bovina. Nas negociações, uma das propostas era mudar a forma de cálculo do volume de cotas. Enquanto a UE calcula suas cotas em função das importações, as propostas apresentadas pelo G-10 (grupo dos 10 países mais protecionistas na área agrícola) e pelo G-20 (grupo de 20 países em desenvolvimento) seriam de calcular com base no consumo interno. Alterações como essas favoreceriam o Brasil. O G-10 pede o aumento de 443 mil toneladas nas cotas, enquanto o G-20 pede 355 mil toneladas. Em contrapartida a UE ofereceu o aumento de 19 mil toneladas nas cotas. Outros produtos agrícolas tiveram o mesmo tratamento. A UE importa 241 mil toneladas de carne de frango, sendo que oferece apenas 25 mil toneladas de cota. Com o aumento proposto pela UE, as cotas chegariam a 43 mil toneladas. O G-10 pede aumento de 473 mil toneladas e o G-20 378 mil toneladas. O protecionismo europeu é ainda muito grande. O Brasil, através dos preços competitivos, consegue exportar mais 90 mil toneladas de carne bovina para a UE fora das cotas, recebendo altas tarifas. (LMA)
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