SISBOV novo só em 2006

O governo acredita que o novo modelo do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (SISBOV) deverá entrar em funcionamento no início de 2006. Por enquanto, segue a rastreabilidade obrigatória, individual, por pelo menos 40 dias antes do abate e somente para fins de exportação. Vários pontos do sistema atual vinham gerando polêmica, inclusive a identificação e monitoramento individual dos animais. A classe produtiva buscava um modelo de rastreamento por lotes ou propriedades. A União Européia - que compra pouco mais de 25% da carne bovina exportada pelo Brasil, responsável por cerca de 35% do faturamento - descartou essa possibilidade. Quer que os animais sejam rastreados individualmente, do nascimento até o abate. É isso que a classe produtiva nacional precisa entender. Quem define o que quer comprar é o mercado, ou seja, o consumidor. Aos produtores, cabe se adequar às normas, ou procurar outros clientes. Simples assim. E o mercado está se tornando cada vez mais exigente. O preço do produto está perdendo importância como fator para decisão de compra. Ganham espaço as questões relacionadas à sanidade, segurança alimentar, qualidade, bem estar animal, preservação natural, etc. Outra coisa. É preciso acelerar o processo. Enquanto o Brasil perde tempo, alguns concorrentes como Uruguai, Canadá, Austrália e Estados Unidos, avançam na implantação de seus programas de rastreabilidade. Detalhe: todos eles voltados ao monitoramento individual, buscando a adesão obrigatória em médio ou longo prazo. (FTR)
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