Mais focos e menos embargos

A Rússia anunciou a redução do embargo imposto à carne bovina e suína brasileira. Atualmente, depois dos focos de aftosa em outubro deste ano e em 2004, os Estados impedidos de exportar carne para a Rússia são Mato Grosso do Sul, Pará e Amazonas. Outros Estados do Norte, como Tocantins, Maranhão, Rondônia, Acre e Amapá, foram liberados para a exportação. Entretanto apenas frigoríficos habilitados para exportar carne bovina e suína estão autorizados, o que significa que Tocantins e Rondônia são os únicos Estados a se beneficiarem dessa liberação. Em paralelo à redução das barreiras impostas à carne brasileira, surgiram três novos focos de aftosa na região contaminada, identificados no município de Mundo Novo/MS. Até o momento mais de 16 mil animais foram contaminados, sendo que quase 14,5 mil já foram sacrificados. Os abates não se restringem aos bovinos, cerca de 184 suínos e 158 pequenos ruminantes (ovinos e caprinos) também estão na contagem. A possibilidade de encontrar um foco de aftosa no Paraná ainda não foi descartada. O vírus ainda não foi isolado e devem ser feitas novas coletas de sangue e de líquido esofágico para exame sorológico. No total são 9 propriedades onde existe suspeita da doença. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reduziu a área de segurança em relação à aftosa e autorizou a retomada dos abates em 3 frigoríficos de Iguatemi e Eldorado. Essa medida pode salvar o emprego de cerca de 2 mil pessoas e ainda deverá melhorar os preços da arroba do boi gordo no Estado que, segundo dados da Scot Consultoria, está cotada a R$51,00 na região de Três Lagoas. (LMA)
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