Couro e sebo voltam a subir

De acordo com levantamento da Scot Consultoria, a cotação do couro verde de primeira linha no Brasil Central chegou a R$1,10/kg, alta de R$0,10/kg (ou 10%) em uma semana. Em relação ao valor mais baixo do ano, R$0,45/kg registrado em junho/julho, o aumento já supera os 144%. As vendas de couro curtido (exportações) estão se recuperando aos poucos, mas os preços seguem bem abaixo dos patamares pré-crise e o câmbio não ajuda em nada os exportadores. A valorização do couro verde, portanto, é reflexo da retirada das peles da JBS do mercado. Parece que o setor ainda não se enquadrou a essa nova realidade. O sebo, por sua vez, chegou a R$1,50 /kg (diferido). Alta de pouco mais de 3% em uma semana, e de 20% em relação ao valor mais baixo do ano, R$1,25/kg registrados na segunda quinzena de julho. No caso do sebo, houve um aquecimento das vendas para a produção de biodiesel, por conta da antecipação da obrigatoriedade da mistura de 5% do biocombustível ao diesel comum (que agora começa a valer em janeiro de 2010). Tem empresa de biodiesel que chegou a adquirir sebo acima de R$1,70/kg, com pagamento antecipado. Sem contar que, com a chegada do calor, as vendas do setor de higiene e limpeza literalmente se aquecem, ajudando também a aumentar a demanda pela gordura do boi. Alguns compradores estão importando sebo do Uruguai, para tentar “equilibrar” o mercado, ou seja, para conter novos aumentos. A valorização desses dois importantes derivados bovinos (couro e sebo) contribuiu positivamente para a melhoria das margens das indústrias frigoríficas. Há uma semana o Equivalente Scot (carcaça + couro + sebo) estava em R$74,28/@, ou seja, 3,5% abaixo da cotação do boi gordo. Ontem o equivalente fechou em R$75,99/@, “apenas” 1,3% abaixo do boi. Vale destacar que a defasagem histórica do Equivalente Scot para o boi gordo é algo entre 4% e 5%.
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