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Brasil volta e bater recorde nas exportações de leite


Sexta-feira, 18 de novembro de 2005 - 12h32

O Brasil voltou a bater recordes nas exportações de lácteos, driblando a sobrevalorização da moeda nacional perante o dólar, que reduz os ganhos de competitividade da produção brasileira no mercado internacional. No mês passado, as remessas do segmento atingiram o equivalente a 9,4 mil toneladas, o que gerou ao País receitas de US$15 milhões. Em outubro do ano passado, o Brasil exportou 8,7 mil toneladas de lácteos, com receitas de US$11 milhões. Houve, portanto, um crescimento de 8,5% no volume remetido ao exterior e de 35,6% nas receitas de exportação com lácteos. Nos dez primeiros meses do ano, as exportações de lácteos somaram US$103 milhões, frente US$95,4 milhões em todo o ano passado. Há uma importante diferença nas relações de mercado, na comparação com o ano passado, lembra o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite (CNPL) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, que é a atual taxa de câmbio. Em meados de novembro do ano passado, o dólar era cotado a cerca de R$2,80 e o produtor estava recebendo mais de R$0,54 pelo litro de leite. Nos últimos dias, entretanto, a moeda nacional chegou a menos de R$2,20 e o produtor está recebendo cerca de R$0,46 por litro. Alvim identifica qual o fator que levou o País a obter novos recordes nas exportações de lácteos em momento de defasagem cambial, inclusive gerando superávit na balança comercial do segmento: “É o setor produtivo que está bancando estes bons resultados, devido à queda dos preços pagos aos pecuaristas de leite. Os valores caíram em pleno período de entressafra”, destaca Alvim. “O produtor respondeu a demanda da indústria, melhorando a qualidade e ampliando a oferta de leite. Agora está sendo penalizado, com queda de renda”, diz Alvim. No ano passado, pela primeira vez o Brasil foi superavitário na balança comercial de lácteos, deixando para trás o histórico de tradicional importador no segmento. O saldo positivo foi de US$11,5 milhões em 2004. Em 2003, por exemplo, o segmento de lácteos havia apresentado déficit de US$63,8 milhões. Os baixos preços pagos pelo leite podem gerar desestímulo ao setor produtivo, podendo promover queda no ritmo de crescimento da produção, como registrado em 2002, alerta Alvim. O presidente da CNPL/CNA adverte que é importante o produtor ajustar a sua produção de leite em função da situação do mercado, sobretudo neste momento de entrada de safra, para que não haja maior aviltamento de preços. Com o resultado de exportações do mês passado, o Brasil passou a registrar, no acumulado do ano, superávit na balança comercial de lácteos, até então deficitária. Entre janeiro e outubro, as exportações do segmento somaram US$103,3 milhões, frente importações de US$102,4 milhões. Dessa forma, o saldo agora é positivo em quase US$1 milhão. Nos primeiros dez meses do ano passado, a balança de lácteos tinha déficit de US$1 milhão. Outubro foi o mês em que o Brasil mais exportou lácteos na história. O segundo melhor resultado foi registrado em dezembro de 2004, quando as remessas somaram US$14 milhões. Fonte: CNA
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