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Dureza do produtor paranaense


Terça-feira, 8 de novembro de 2005 - 12h25

O Estado de São Paulo produz 7,4% do leite brasileiro, porém consome cerca de 32,4% do total, importando leite de outros Estados, especialmente de Minas Gerais, Paraná, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rondônia. Os Estados mais próximos enviam leite cru, que é industrializado pelos laticínios paulistas. É o caso de diversas empresas paranaenses, bem próximas do gigante mercado paulista, que captam de seus produtores e enviam a São Paulo. Por isso o grande trauma que o fechamento da fronteira para produtos não industrializados causam à pecuária leiteira paranaense. No pagamento de outubro, os preços paranaenses recuaram 6,64%, o que equivale a R$0,03/litro, em relação ao pagamento de setembro. Em relação aos preços pagos em maio, os valores atuais estão 24,4% menores, ou R$0,13/litro. E não pára por aí; mais de 75% dos entrevistados no Paraná acreditam em novos recuos. Era de se esperar. Apesar da redução da oferta, pois os produtores estão jogando leite fora – alguns até adubam as roças com o leite, os custos aumentam para as indústrias. E essas, evidentemente, repassarão os maus resultados. No caso da Castrolanda, cooperativa do município de Castro (PR), por exemplo, o leite que era entregue cru para indústrias de alimentos será pasteurizado antes de ser enviado. Foi a alternativa para continuar vendendo leite a São Paulo, que absorve cerca de 60% da captação da cooperativa. O produtor terá que suportar os preços muito baixos, que deverão cairão ainda mais, e ainda arcar com a perda de produção do leite que foi jogado fora. É uma péssima situação. (MPN)
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